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Pedro Corrêa diz que Dilma determinou pagamento de propina ao PP

Ele explicou que na época, o então ministro das Cidades, Mário Negromonte, teria relatado para Dilma que Paulo Roberto Costa estava se recusando a atender financeiramente o grupo do PP.

O ex-deputado Pedro Corrêa afirmou, em delação premiada, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no ano de 2011, determinou que o então diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, realizasse o pagamento de propina ao Partido Progressista (PP).

Segundo informações do G1, a delação do ex-deputado consta em vídeo divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Jornal Nacional. Ele explicou que na época, o então ministro das Cidades, Mário Negromonte, teria relatado para Dilma que Paulo Roberto Costa estava se recusando a atender financeiramente o grupo do PP.

Para contornar a situação, a ex-presidente determinou que Gilberto Carvalho, que na ocasião era o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e que Ideli Salvati, que era ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, resolvessem a situação conversando com Paulo Roberto Costa sobre o pagamento ao PP.

  • Foto: Tarla Wolski/Futura Press/Estadão ConteúdoDilmaDilma

Após a intervenção de Dilma, o PP então voltou a receber vantagens indevidas, referentes ao pagamento de propina usando recursos da Petrobras. Atualmente o ex-deputado Pedro Corrêa cumpre prisão domiciliar em Pernambuco após ser condenado a 20 anos e sete meses.

Acusados se manifestam

A assessoria da ex-presidente apenas se manifestou afirmando que o ex-deputado mentiu durante a delação. Gilberto Carvalho disse que as afirmações de Pedro Corrêa são invencionices para agradar aos investigadores, que a ex-presidente nunca fez um pedido dessa natureza e que só esteve com Paulo Roberto Costa uma vez, em uma viagem oficial com pelo menos outras 20 pessoas.

A defesa de Ideli Salvatti afirmou que as citações feitas são desprovidas de qualquer prova e mostram a forma ilegal com que algumas colaborações vinham sendo conduzidas anteriormente, impondo ao delator o dever de mentir pra se salvar.

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