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Guadalupe - Piauí

Polícia prende secretário municipal, esposa e empresário em Guadalupe

A ação tem como objetivo coibir a prática de fraudes a licitação, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa em Guadalupe.

A Polícia Civil do Piauí deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (25) a Operação Lixo de Ouro e prendeu o secretário de planejamento e gestão do município, Willames Bomfim, sua esposa Vanessa Rodrigues e o empresário Edvan Morais. A ação tem como objetivo coibir a prática de fraudes a licitação, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa em Guadalupe. O secretário também foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na Secretaria de Infraestrutura de Guadalupe, secretaria comandada anteriormente por Willames. De acordo com o delegado Thiago Silva, que preside o inquérito policial, a empresa contratada para a prestação de serviços não possuía capacidade técnica para arcar com os serviços que deveriam ser prestados.

  • Foto: Facebook/ Willames Bomfim MirandaWillames Bomfim e Vanessa RodriguesWillames Bomfim e Vanessa Rodrigues

“A investigação constatou que a empresa que ganhou a licitação para coletar lixo no município de Guadalupe não tinha capacidade técnica para exercer o serviço. Nós nos baseamos pelos levantamentos da investigação e também pelos dados fornecidos do Tribunal de Contas do Estado. Foi observado que parte desse serviço que seria executado pela empresa era executado pela prefeitura, a exemplo dos carros utilizados na coleta eram da própria prefeitura”, comentou o delegado.

O empresário Edvan Morais, proprietário da empresa que ganhou a licitação, conforme o delegado Thiago Silva, pagou uma quantia de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) ao secretário, dinheiro utilizado como propina.

“Nós constatamos o pagamento de propina do empresário para o secretário de infraestrutura. A fraude é maior que um milhão de reais porque a nossa investigação teve como limite os meses de junho de 2017 até março de 2018. Foi menos de um ano de análise de dados. Só que no contrato era de sete meses e o valor orçado era acima de um milhão de reais. Então, como é que uma cidade que tem 10 mil habitantes vai fazer um contrato de um valor absurdo desse que ainda não chega a um ano? Inclusive, esse contrato foi renovado agora para 2019”, completou.

O delegado Thiago Silva ressaltou que o cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão fazem parte da finalização da investigação. O caso será enviado, em breve, à Justiça.

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