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Promotora pede prisão preventiva do ex-tabelião Ronaldo Bucar

Para a promotora Lenara Batista Carvalho Porto, “está evidente a vontade do réu tumultuar o processo, não responder aos crimes que lhes foram imputados e colocar em risco a instrução criminal

  • Foto: DivulgaçãoTabelião Ronaldo BucarTabelião Ronaldo Bucar

O Ministério Público Estadual, através da promotora Lenara Batista Carvalho Porto, da 6ª Promotoria de Justiça de Teresina, pediu a prisão preventiva do ex-tabelião Ronaldo Bucar, acusado de estar se ocultando para não receber notificação da Justiça.

Bucar foi denunciado em ação penal acusado dos crimes de peculato e associação criminosa.

O Ministério Público requereu a citação por edital defendendo a sua prisão preventiva, caso não responda a ação penal, como previsto no art. 366 do Código Penal.

Em manifestação, o Ministério Público expôs o fato de Ronaldo Bucar não querer receber a notificação “já que tem conhecimento do processo criminal que responde, pelo fato dos irmãos terem sido denunciados”.

A defesa do ex-tabelião atravessou petição informando que Ronaldo Bucar está internando no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo e pediu que a citação se desse no local informado.

Carta precatória foi expedida, no entanto, a notificação não foi possível, já que o Oficial de Justiça certificou que o acusado se encontra em local incerto e não sabido.

Para a promotora Lenara Batista Carvalho Porto, “está evidente a vontade do réu tumultuar o processo, não responder aos crimes que lhes foram imputados e colocar em risco a instrução criminal”.

Uma nova precatória foi expedida ao Juízo da Comarca de São Paulo e o juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima, da 1ª Vara Criminal de Teresina, afirmou em despacho de 16 de junho deste ano, que vai apreciar o pedido de prisão após o cumprimento da diligencia.

Entenda o caso

O Ministério Público do Estado do Piauí ofereceu denúncia contra a ex-tabeliã Lysia Bucar, seus dois irmãos e ex-tabeliães substitutos, Antônio Lisboa e Ronaldo Bucar, por peculato e formação de quadrilha. Eles são acusados de desviar mais de R$ 27 milhões do poder público. Segundo dados encontrados nos livros contáveis do Cartório do 2º Ofício, os investigados teriam se apropriado de mais de 11 milhões de reais de depósitos prévios.

De acordo com o MPE, as atividades de Lysia Bucar estavam sendo investigadas desde junho de 2016, através de procedimento de investigação criminal. A comissão de Promotores de Justiça encontrou indícios de três modalidades diferentes de apropriação de taxas judiciais que deveriam integrar o patrimônio público.

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