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Wellington Dias defende apuração de conversa vazada de Sérgio Moro

“Eu defendo que a gente tenha apuração e mais do que isso, aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, pois mais do que nunca é revelado a importância sobre isso", afirmou o governador.

Durante o lançamento do Festival de Inverno de Pedro II, na manhã desta segunda-feira (10), o governador Wellington Dias comentou sobre o vazamento de suposta conversa entre o então juiz federal Sérgio Moro, atualmente ministro da Justiça, e integrantes do Ministério Público Federal sobre a Operação Lava Jato.

Wellington ressaltou que mesmo que tenham sido gravações não autorizadas, as mensagens trazem preocupação. “É claro que tem um pano de fundo que é o fato de serem gravações não autorizadas, mas acho que também revelam algo que precisamos nos preocupar e muito. Eu vi esses dias o próprio Papa Francisco manifestando para o mundo uma preocupação com o que é conhecido na linguagem inglesa como lafer, mas que significa um esquema perigoso para a democracia, para um processo natural da organização, das instituições, no país e no mundo”, afirmou.

  • Foto: Hélio Alef/GP1Wellington Dias Wellington Dias

Para Wellington, a disputa pelo poder em que há um artifício entre entidades não é algo razoável. “Quando você tem um conluio entre pessoas do Ministério Público, do Judiciário, de várias áreas, da comunicação, enfim, com um objetivo de disputa de poder pelo poder, isso não é razoável”.

“Eu defendo que a gente tenha apuração e mais do que isso, aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, pois mais do que nunca é revelado a importância sobre isso e como líder do Piauí, líder nacional, eu quero trabalhar com outros líderes no sentido do nosso país cumprir e lei, a constituição, e para isso doa a quem doer a gente possa voltar ao eixo, fazer com que aquilo que foi feito errado seja corrigido para que a gente tenha bons exemplos para a frente”, finalizou.

Entenda o caso

No último domingo (09), o site The Intercept Brasil divulgou o suposto conteúdo de mensagens trocadas pelo juiz Sérgio Moro e por integrantes do Ministério Público Federal, como o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Operação Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu o material de fonte anônima.

De acordo com o site, há conversas escritas e gravadas nas quais Moro sugeriu mudança da ordem de fases da Lava Jato, além de dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Dallagnol.

Investigação

Segundo o Estado de São Paulo, há cerca de um mês Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar ataques feitos por hackers aos celulares de procuradores da República que atuam nas forças-tarefas da Lava Jato em Curitiba, no Rio e em São Paulo.

Há 4 dias, outro inquérito foi aberto para apurar ataques ao celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

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