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Teresina - Piauí

Diretor do IML confia em laudo oficial sobre caso Salve Rainha

O perito não oficial, Pitágoras Veloso, contestou o laudo que considerou Moaci Moura, responsável pela morte dos irmãos Júnior Araújo e Bruno Queiroz.

Procurado pelo GP1 na tarde desta quinta-feira (23), sobre a contestação do perito não oficial Pitágoras Veloso sobre o caso Salve Rainha, o diretor do Instituto Médico Leal (IML), Janiel Guedes, afirmou que é natural surgir questionamentos. Porém, ele declarou que confia no laudo oficial divulgado pelo Instituto de Criminalística do Piauí, no qual consta, que Moaci Moura invadiu o sinal vermelho, provocando a tragédia.

“Ele tem todo o direito de contestar o laudo, o chamado direito de defesa, só que o que está no laudo oficial, o nosso perito não vai voltar atrás, como por exemplo, o laudo de embriaguez que deu altamente positivo, para o condutor do veículo Corolla [Moacir Moura], então a parte do IML basicamente é essa. O Instituto de Criminalística com os peritos Rawlinson Ibiapina e outro perito nosso fizeram o laudo do local do crime, e constataram também o excesso de velocidade”, declarou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Janiel Guedes, Diretor do IMLJaniel Guedes, Diretor do IML

Janiel Guedes afirmou que Pitágoras Veloso provavelmente foi pago pela família do acusado para contestar o laudo. “Ele não é perito, ele é um assistente técnico, alguém que está tentando defender o acusado, mas ele não é nada da perícia não, ele não tem nenhuma relação nem com o IML [Instituto Médico Legal], nem com o Instituto de Criminalística. Na verdade, ele montou um escritório para trabalhar para pessoas que queiram se defender de alguma coisa, então ele está defendendo o acusado lá do caso Salve Rainha. Com certeza, eu mesmo estou com um caso do Maranhão. Eu sou perito criminal do Piauí e estou defendendo uma pessoa do Maranhão, porque pode. Então ele montou um escritório e tem pessoas lá e de outros Estados que ajudam ele a analisar os casos. Provavelmente a família do acusado está pagando ele, pelo serviço, o que é justo”, frisou.

Questionado sobre algum possível erro no laudo oficial, o diretor do IML, que atualmente está substituindo temporariamente o diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Estado do Piauí, o médico legista Antônio Nunes, afirmou que confia no trabalho da perícia do Estado. “Eu estou bem confiante que ele não vai sair vencedor disso não, ele está tentando, mas eu creio que não vai dar certo para eles não, porque a prova está bem robusta”, finalizou. 

  • Foto: Mariana Viana/ GP1Pitágoras VelosoPitágoras Veloso

Um dos peritos responsáveis pelo laudo, Rawlinson Ibiapina, também foi procurado pelo GP1, mas preferiu não comentar sobre o assunto, por ainda não ter conhecimento oficial do parecer técnico, dando um posicionamento oficial somente depois disso. No entanto, ele afirmou que o Instituto de Criminalística está disponível para quaisquer debates e/ou esclarecimentos diretamente com o interessado [Pítagoras Veloso].

Relembre o caso

A colisão entre um Corolla [Moaci] e um fusca [irmãos] no dia 26 de junho do ano passado, resultou na morte dos irmãos Júnior Araújo e Bruno Queiroz, integrantes e idealizadores do coletivo cultural Salve Rainha. Junto com eles, estava uma terceira vítima, que felizmente sobreviveu, o jornalista Jader Damasceno. A tragédia aconteceu na Avenida Miguel Rosa, no Centro de Teresina.

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