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Luís Correia - Piauí

Golfinho morre após encalhar na praia do Arrombado em Luís Correia

O animal foi encontrado com um ferimento próximo à nadadeira por um popular.

Um golfinho da espécie Stenella Atenuatta morreu após encalhar na praia do Arrombado, em Luís Correia, litoral piauiense, na manhã desta quinta-feira (16). O animal foi encontrado com um ferimento próximo à nadadeira por um popular que acionou o Instituto Tartarugas do Delta (ITD).

De acordo com a bióloga do instituto, Verlane Magalhães, o golfinho pantropical (nome popular) foi mordido por um tubarão charuto. A bióloga disse ainda que algumas pessoas tentaram reanimar o animal, de forma não indicada, o que acabou complicando seu estado.

  • Foto: Instituto Tartarugas do Delta Golfinho morreu na praia do Arrombado Golfinho morreu na praia do Arrombado

“A gente faz o trabalho com alguns colaboradores da praia, pescadores e comunidade, então, um desses colaboradores teve conhecimento desse animal hoje cedo, disse que o animal chegou ainda vivo, só que machucado próximo à nadadeira. A marca no pendunculo caudal é mordida de tubarão charuto. Ele chegou vivo, mas por conta do ferimento pouco tempo depois ele veio a óbito. Já estava bastante debilitado e algumas pessoas relataram que tentaram reanimar mais cedo, então talvez a tentativa de reanimá-lo complicou ainda mais o quadro de estresse do animal”, contou.

Verana Magalhães explicou que a área onde o golfinho foi encontrado é uma unidade de conservação e, por isso, muitos animais marinhos vão ao local para se alimentar de algas ou em busca de refúgio.  “A nossa região é uma unidade de conservação, então muitos animais marinhos, tartarugas, mamíferos, utilizam essa área, como área de alimentação, como refúgio, a própria área do Arrombado, Coqueiro, possui afundamentos rochosos, formação de banco de algas, de alimentos”.

  • Foto: Instituto Tartarugas do Delta Golfinho ficou encalhado na praia Golfinho ficou encalhado na praia

A bióloga orienta a população que ao encontrar um animal marinho pela região entrar em contato com o instituto ou órgão ambiental, como IBAMA ou ICMBIO. “O adequado é não tentar reintroduzir [no mar], na verdade, todo mundo tenta fazer isso. O ideal seria retirar e tentar colocar ele em uma piscina natural, onde ele não fique tendo que passar sobre ondas, fique em água parada. Caso não consiga fazer isso, cavar um buraco para que o animal fique em uma piscina confortável, mas não deixar ele em situação de afogamento, porque algumas pessoas não entendem a fisiologia do animal, ele precisa subir para respirar e mergulhar e se ele não está bem ele não consegue fazer esse mecanismo de mergulho e pode morrer por afogamento”, esclareceu.

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