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Teresina - Piauí

Juiz mantém prisões de cinco acusados da morte do Cabo Claudemir

A decisão do juiz de direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antonio Reis de Jesus Nollêto, é da última quinta-feira (11).

O juiz de direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antonio Reis de Jesus Nollêto, negou pedido de liberdade e manteve as prisões preventivas de Francisco Luan de Sena, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, o Igor Gordão, José Roberto Leal da Silva, o Beto Jamaica, e Flávio Willame da Silva acusados de envolvimento na morte do cabo da Polícia Militar Claudemir Sousa. A decisão é da última quinta-feira (11).

A defesa de José Roberto pediu a revogação de sua prisão preventiva, ante a inexistência dos requisitos que ensejaram a sua decretação. Além disso, alegou que possui residência fixa, não havendo nenhum indício de que ele se furtaria da aplicação da lei penal, nem de que ele estaria oferecendo riscos às Investigações.

  • Foto: Divulgação/SSP-PIWeslley Marlon, Francisco Luan, Ígor Andrade, Leonardo e José, da esquerda para direitaWeslley Marlon, Francisco Luan, Ígor Andrade, Leonardo e José Roberto, da esquerda para direita

Já a defesa de Igor Andrade, requereu a concessão de liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares ou concessão de prisão domiciliar, por ter dois filhos menores que dependem de seus cuidados e sustento.

Thais Monait pediu relaxamento da sua prisão, tendo em vista que ela resultou de uma prisão em flagrante ilegal, ou a revogação de sua custódia cautelar, por falta de indícios suficientes de sua autoria no delito, com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Subsidiariamente, requereu a conversão em prisão domiciliar, em razão de a acusada ser mãe de duas crianças menores de idade.

  • Foto: Divulgação/PMThais MonaitThais Monait

Flávio Willame e Francisco Luan requereram o relaxamento de suas prisões preventivas por excesso de prazo para a conclusão do feito, ou a revogação de suas custódias, ante a inexistência dos requisitos que ensejaram a sua decretação. Subsidiariamente, requereu a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Parecer

O Ministério Público do Estado, por meio do promotor de Justiça Regis de Moraes Marinho, manifestou-se desfavoravelmente aos pedidos. O parecer é de 10 de maio.

Decisão

Em sua decisão, o juiz afirmou que “a forma como foi perpetrado o delito, segundo os autos, revela a ausência de freios sociais dos acusados, diante da gravidade e violência do delito. Dessa forma, a segregação provisória dos denunciados está fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública”.

Para o magistrado, “os acusados ao serem colocados em liberdade, incidiriam na chance de, a qualquer momento, perturbar a paz social, colocando em risco a ordem pública”.

Sobre o pedido para converter as prisões de Thais Monait e Igor Andrade por possuírem filhos menores de idade, o juiz negou e declarou que as crianças devem ser cuidadas pelos familiares dos presos enquanto estiverem separados.

Relembre o caso

O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina.

Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.

  • Foto: Facebook/Claudemir Sousa Claudemir Sousa Claudemir Sousa

Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.

Em janeiro, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.

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