Brunno Suênio
Jeyson Moraes
O Programa de Proteção ao Consumidor (PROCON) no Piauí realizou, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (26), uma ação de fiscalização para apurar denúncias de aumento antecipado no preço dos combustíveis nos postos de Teresina, poucas horas depois de a Petrobras anunciar o reajuste nas refinarias. Com isso, o litro da gasolina, por exemplo, já está sendo vendido R$ 0,20 ou R$ 0,30 centavos mais caro.
O GP1 acompanhou o trabalho de fiscalização do Procon e flagrou a autuação do Posto Mercury, localizado na Avenida Frei Serafim, no centro de Teresina, que reajustou o preço do litro da gasolina comum de R$ 6,59 nesta segunda para R$ 6,89 nesta terça, um aumento de R$ 0.30. O chefe de fiscalização do órgão, Arimatéia Arêa Leão, falou que os postos com irregularidades serão devidamente autuados por prática abusiva contra o consumidor.
“O Procon não tem poder de controlar o preço, mas essa questão do aumento, ainda está nas refinarias, e os postos já fizeram esse aumento antes de chegar o produto. Ele só poderia vender esse produto após o recebimento da nova carga, então é caracterizado prática abusiva, exercer vantagem sob o consumidor, porque você está comprando um preço mais barato e vendendo mais caro. O Procon, identificando essas irregularidades, vai estar autuando esses postos. A gente está verificando e autuando. Esse posto vai ser autuado”, pontuou.
Leonardo Ramos, que é motorista de aplicativo, disse que gasta cerca de R$ 3 mil com gasolina em apenas um mês e falou com nossa equipe sobre os novos aumentos do combustível. “Isso é um absurdo, estão sem compromisso com a população. Está demais, aumentos absurdos, na alimentação, no combustível. É um assalto, na minha opinião o povo tem que se unir e tentar fazer algo para barrar isso, ninguém está aguentando, a conta não está fechando no final do mês”, desabafou.
Já no Posto Planalto, na Avenida Marechal Castelo Branco, a fiscalização flagrou valores diferentes de uma bomba para outra, além da tabela de preços que fica visível aos consumidores, que também estava com valores diferentes.
"Esse posto estava com publicidade enganosa, porque tinha um preço na bomba, um preço na nota fiscal, eles precisam justificar porque estavam praticando esses preços. Tem que deixar para o consumidor bem claro, se coloca um preço tem que cumprir aquele preço, e com informação clara e precisa, aqui está confuso. Então foi autuado por publicidade enganosa e exercer vantagem sob o consumidor, pois estão praticando um aumento que ainda nem receberam”, relatou Arimatéia Arêa Leão.
No terceiro posto fiscalizado, o Posto Planalto XXI, próximo à Ponte Estaiada, foi flagrado um aumento de R$ 6,78 para R$ 7,29 no litro da gasolina, mesmo sem o reajuste da Petrobras ter chegado nos postos, já que o aumento começa a valer somente hoje nas refinarias.
Outro lado
O Posto Planalto, na Avenida Marechal Castelo Branco, alegou que os preços estavam diferentes nas bombas porque os valores ainda estavam sendo atualizados no sistema.
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