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Teresina - Piauí

Homem que efetuou disparos no show de Tarcísio do Acordeon é soldado da PM

O soldado da PM efetuou três disparos de arma de fogo durante o show realizado no último domingo (19).

O homem que efetuou três disparos de arma de fogo durante o show do cantor Tarcísio do Acordeon, na madrugada do último domingo (19), na arena do Teresina Shopping, foi identificado. O GP1 apurou que trata-se de João Batista dos Santos, 35 anos, soldado lotado no 16º Batalhão da Polícia Militar, em José de Freitas.

O soldado João Batista estava ao lado da companheira, uma oficial da Polícia Militar, quando sacou a arma para cima e efetuou três disparos com uma pistola 9 milímetros no meio da multidão presente no evento.

Foto: GP1Soldado João Batista
Soldado João Batista

Um vídeo gravado por um fã mostra o momento em que a companheira do soldado tenta contê-lo, mas sem sucesso.

Um homem ainda não identificado efetuou três disparos de arma de fogo para cima durante o show do cantor Tarcísio do Acordeon, na madrugada deste domingo (19), na arena do Teresina Shopping, no bairro Noivos, zona leste de Teresina. No mesmo evento se apresentaram ainda João Gomes e Victor Fernandes.

Posted by GP1 - O 1º Grande Portal de Notícias do Piauí on Sunday, December 19, 2021

Em um outro vídeo que foi gravado pela equipe de Tarcísio do Acordeon e publicado na página do Instagram do cantor, também é possível ouvir o barulho dos disparos, mas o cantor que estava cantando a canção 'Proteção de Tela' não ouviu os tiros e seguiu normalmente com o show.

Investigações

O delegado Paulo Gregório, titular do 5º Distrito Policial, informou ao GP1 na manhã desta quinta-feira (23), que foi aberto um inquérito policial e o autor dos disparos já foi identificado. "O fato ocorreu no dia 19 no show do Pzero que ocorreu no estacionamento do Teresina Shopping. Tomamos conhecimento no domingo e na segunda já abrimos a portaria de instauração do inquérito. Foram pegas oitivas dos seguranças privados do evento, que de imediato informaram que avistaram um indivíduo efetuando disparos para cima e solicitaram que ele saísse do evento. Como eles eram seguranças de outras boates e já conheciam o indivíduo, a gente rapidamente chegou na autoria do fato. Trata-se de um policial militar", informou o delegado Paulo Gregório.

Foto: Brunno Suênio/GP1Estojos de pistola 9mm apreendida no local do evento
Estojos de pistola 9mm apreendidos no local do evento

Segundo o delegado, a arma utilizada para efetuar os disparos é de uso pessoal do soldado da PM. "Essa arma possivelmente é de uso pessoal dele. Foi feita uma vistoria no local do evento e foram encontradas as cápsulas, comprovando a materialidade do delito, os estojos de munições calibre 9 milímetros. De imediato a gente deduz que a arma seja de uso particular, pois não é normal o Estado cautelar a arma 9 milímetros, sempre é .40 para as forças policiais", frisou Paulo Gregório.

Foto: Brunno Suênio/GP1Delegado Paulo Gregório
Delegado Paulo Gregório

O delegado também informou que o policial militar já prestou depoimento, mas negou ser o autor dos disparos. Mesmo tendo negado o delito, o titular do 5º DP garantiu que todas as provas corroboraram para que ele fosse identificado como sendo o responsável pelos tiros.

"Foram colhidos depoimentos das testemunhas e imagens do local também foram recolhidas. Há um vídeo que circula nas redes sociais, por isso a repercussão do fato e os próprios seguranças identificaram o indivíduo. Ele tomou conhecimento do inquérito, veio aqui, mas negou a autoria do fato. A gente tem 30 dias para concluir o inquérito, as perícias serão feitas, as demais diligências e a conclusão do relatório, mas de imediato a gente já aponta a autoria do fato. Há imagens e testemunhas que corroboram com o que foi colhido pela investigação policial", garantiu o titular do 5º DP.

O delegado Paulo Gregório explicou que a conduta do PM gerou risco para as outras pessoas e por isso ele deve responder por disparo de arma de fogo em via pública. Além disso, deve ser aberto um procedimento contra ele na Corregedoria da Polícia Militar do Piauí. "O nosso papel é apurar a conduta dele como civil, disparo de arma de fogo em via pública. Talvez seja aberto um inquérito policial militar e lá ele vai responder no âmbito militar. Isso gerou um perigo de dano concreto, poderia ter atingido algum popular que estava no show e foi um fato grave e lamentável. O papel do agente de segurança pública é proteger a população e não praticar esse tipo de conduta, esse fato lamentável que repercutiu no Piauí", concluiu.

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