Fábio Wellington
Thais Guimarães
O governador Wellington Dias (PT) informou ao GP1 na noite desta sexta-feira (30) que está acompanhando a situação na empresa de call center Vikstar em Teresina, onde há uma ameaça de demissão em massa de 2.800 funcionários.
“Estou acompanhando”, disse o governador a nossa reportagem. No entanto, o deputado estadual João de Deus (PT) revelou hoje mais cedo ao GP1 que o chefe do executivo estadual está preocupado, e que deve participar de reunião para que ajude nas negociações que visam reverter a demissão dos trabalhadores.
“O governador Wellington Dias está muito preocupado com essa situação, então, estamos marcando também uma reunião com ele, para buscarmos uma forma de a Vivo restabelecer o contrato com a Vikstar e consequentemente manter os funcionários trabalhando, ou de a operadora fechar parceria com outra empresa, assim mantendo o investimento no Piauí”, declarou João de Deus.
A demissão dos trabalhadores estava prevista desde o início do mês de abril, quando a operadora Vivo resolveu romper o contrato com a Vikstar. Para o fim do contrato, a operadora alegou que a empresa piauiense está deteriorada financeiramente, problema que poderia afetar a qualidade no atendimento ao cliente.
Audiência na Alepi
A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou na última quarta-feira (28) uma audiência pública na modalidade virtual com o objetivo de buscar uma solução para o caso.
O deputado João de Deus explicou que a Vikstar não enviou nenhum representante para a audiência, que contou com a participação de alguns deputados, do diretor da Operadora Vivo, Enylson Camolesi, e da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Maria Elena Rego.
“O que estamos tentando é buscar uma saída para esse problema. Ao todo, 2.800 pessoas podem ficar desempregadas em Teresina. Já tentamos contato com a Vikstar, mas eles ainda não atenderam às nossas solicitações. Ficou decidido na audiência de ontem que o MPT vai convocar as empresas para uma reunião, onde serão discutidas as questões trabalhistas”, afirmou João de Deus.
O que diz a Vivo
Em nota, a operadora explicou as razões da rescisão contratual com a Vikstar e ressaltou que todos os pagamentos devidos à empresa piauienses foram feitos.
Confira na íntegra a nota da Vivo:
A Telefônica informa que o contrato de prestação de serviços com a Vikstar, empresa de serviços terceirizados de call center, foi encerrado por questões relacionadas à deterioração financeira da Vikstar, que poderiam afetar a operação e qualidade do atendimento aos clientes. A Telefônica efetuou os pagamentos à Vikstar com base no contrato de prestação de serviços, que foram inclusive antecipados à empresa.
De forma a evitar qualquer impacto, o atendimento aos clientes da Telefônica seguirá normalmente a partir de outras posições de call center próprios e de terceiros.
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