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Teresina - Piauí

Sílvio Mendes diz que rompimento de contrato com orquestra é ilegal

"O contrato foi rompido ontem de forma unilateral, de forma ilegal”, criticou Sílvio Mendes.

O ex-prefeito Sílvio Mendes disse em entrevista exclusiva ao GP1, nesta quinta-feira (13), que é ilegal que a prefeitura pague músicos da Orquestra Sinfônica de Teresina por meio de bolsa. A prefeitura anunciou na terça-feira (11) a suspensão de contratos com ONGs e associações que fazem a gestão de projetos culturais na cidade.

Sílvio criticou a fala do vice-prefeito Robert Rios, que chamou de picaretagem a relação que a gestão anterior mantinha com as ONGs. “O que ele chamou de picaretagem e cultura privatizada, não é, isso é mentira. Vou repetir, é mentira”, defendeu.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Sílvio Mendes
Sílvio Mendes

O ex-gestor explicou que existe uma lei que qualifica a associação como Organização Social e contou que a associação realizava o pagamento de 140 músicos por meio de pessoa jurídica. O convênio, que encerrava em dezembro deste ano, foi encerrado essa semana.

“Ela [a associação] foi criada por lei, o convênio dela encerrava em dezembro desse ano. O contrato foi rompido ontem de forma unilateral, de forma ilegal”, criticou Sílvio Mendes.

Ainda conforme Sílvio, a orquestra possui um conselho com dois membros da prefeitura, dois membros da sociedade civil, um membro da Ordem dos Músicos do Brasil, um membro do sindicato dos músicos e três membros eleitos por assembleia geral.

Defendeu Aurélio Melo

O ex-gestor defendeu a conduta do presidente da Orquestra Sinfônica do Piauí, o maestro Aurélio Melo. “Tem um conselho acima do presidente. O presidente se chama Aurélio Melo. Ele não é picareta, não é ladrão, não é corrupto. No dia que o Aurélio for corrupto, vou embora de Teresina”, disse.

Sem emprego na pandemia

Sílvio destacou que com a suspensão do contrato 140 músicos ficarão sem emprego durante a pandemia da covid-19. “Ilegal é ele querer pagar os músicos através de bolsa. O convênio foi suspenso ontem. E a pergunta que fica é: os 140 músicos vão comer o que?”, questionou.

Orquestra vai recorrer

Segundo o ex-gestor, a Orquestra Sinfônica de Teresina vai pedir que o prefeito Dr. Pessoa reconsidere da decisão. Caso o contrato siga suspenso, o conselho irá entrar com uma representação no Ministério Público do Trabalho.

“Primeiro eles vão mandar para o prefeito, fazer um memorial ao prefeito, pedindo a reconsideração. Não havendo reconsideração, eles vão entrar com representação no Ministério Público do Trabalho. São 140 pessoas em plena pandemia perdendo emprego, um pouco mais de um salário mínimo. Se isso não for suficiente, entra com uma ação judicial”, finalizou Mendes.

Acusações

Ainda de acordo com o ex-prefeito desde de janeiro deste ano, Robert Rios afirmou que apresentaria provas de supostas irregularidades da administração anterior, mas nunca o fez. “O defenderei [Firmino Filho]. Se ele tiver feito e for provado, que a alma dele pague a conta. Essas denúncias não apareceram, isso é de janeiro e estamos quase na metade do ano. Foi dito na campanha que a prefeitura cuidaria dos mais humildes, que é obrigação primeira, não é o que tem acontecido”, disse Mendes.

Desmonte da gestão tucana

Sílvio acusou a gestão atual de tentar desmontar o legado deixado pela administração tucana na Capital. “Se o propósito é desmontar a gestão ou os gestores que conseguiram fazer por Teresina nos últimos anos, é fácil e talvez até consigam porque o poder não tem limite. É muito mais fácil destruir do que construir. A gente não pode ficar calado”, prometeu.

A Prefeitura de Teresina

Logo em seguida, o GP1 vai publicar a resposta da Prefeitura de Teresina às críticas do ex-prefeito, por meio do secretário de Comunicação da Capital, Lucas Pereira.

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