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Teresina - Piauí

Pastor e corretor foram mortos um dia após desaparecimento, diz Barêtta

Segundo o delegado Barêtta, quando foi registrado o desaparecimento, as vítimas já estavam mortas.

O delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista ao GP1 na manhã desta segunda-feira (24), que o pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e o corretor de veículos Raí Rodrigues Lima foram assassinados no final da tarde do dia 12 de janeiro, um dia após o desaparecimento dos dois.

Segundo o coordenador do DHPP, o pastor e o corretor desapareceram por volta de 21h do dia 11 de janeiro, no entanto, o Boletim de Ocorrência registrando o desaparecimento dos dois só foi feito cerca de 24 horas depois, às 22h do dia 12 de janeiro, quando eles já estavam mortos.

Foto: Reprodução/WhatsAppCarlos Alberto e Raí
Carlos Alberto e Raí Rodrigues

“O Boletim de Ocorrência do desaparecimento do pastor e da outra pessoa que estava na companhia dele foi feito no dia 12.01.2022, às 22h. Ele saiu de casa, segundo a esposa, por volta das 21h do dia 11.01.22, entrou em Timon, no Maranhão, por volta das 22h e pelos levantamentos preliminares foram assassinados no final da tarde do dia 12 de janeiro. Os familiares só procuraram o DHPP praticamente 24 horas depois que eles saíram e não deram mais notícias. Se os familiares tivessem registrado o desaparecimento antes, talvez tivéssemos evitado que a vida deles fossem ceifadas”, lamentou o delegado Barêtta.

O delegado Barêtta ressaltou que a equipe do DHPP de Teresina está finalizando o relatório de missão, que será enviado ainda nesta segunda-feira (24) para o delegado Jair Paiva, titular da Delegacia de Homicídios de Caxias, que ficará responsável pela investigação do caso.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Barêtta
Delegado Barêtta

“Eu mesmo disse ao delegado Jair Paiva que já havia determinado que os levantamentos preliminares feitos pela Delegacia de Investigação de Desaparecimento de Pessoas fossem repassados a ele. A equipe está materializando um minucioso relatório de missão e, repassaremos. Vamos auxiliar o colega e acredito que ele vai elucidar esse crime o mais rápido possível”, garantiu Barêtta.

O desaparecimento

O pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e o corretor de veículos Raí Rodrigues Lima estavam desaparecidos desde a noite de terça-feira (11), quando saíram para entregar um veículo a um comprador no bairro Aeroporto, zona norte de Teresina.

Segundo a família, Carlos Alberto é pastor da Igreja pentecostal IDE e estava em um jantar em família no bairro Pedra Mole, quando Raí Rodrigues chegou por volta das 21h e convidou o pastor para ir entregar um carro modelo Gol a um homem que teria comprado o automóvel.

Os dois saíram para a entregar o carro e ficaram de voltar para a casa de Uber, já que eles moram na mesma região da Capital, mas algo aconteceu que fez com que eles não voltassem para casa.

Corpo do pastor e corretor foram localizados em Caxias

A Polícia Civil do Maranhão encontrou, na quinta-feira (20), os corpos do Pastor Carlos Alberto Oliveira e Silva Júnior e do corretor de veículos Raí Rodrigues Lima, que estavam desaparecidos há nove dias, em estado avançado de putrefação, nas margens da MA-034, no município de Caxias, no Maranhão.

Os corpos foram encontrados por volta das 9h da manhã por um morador em um matagal. No bolso da vestimenta de um dos corpos foi encontrada a cédula de identidade do pastor.

Carro possuía registro de apropriação indébita

O delegado Jair Paiva informou ao GP1 que os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Civil apontaram que o veículo modelo Gol, que estava em posse de Raí Rodrigues quando ele desapareceu, possuía registro de apropriação indébita. "O que sabemos até o momento é que o veículo que o corretor disse que iria vender, tinha registro de apropriação indébita, ou seja, ele havia sido locado e nunca foi devolvido. Até o momento não conseguimos localizar o carro", ressaltou o delegado.

O delegado Jair Paiva aguarda recebimento de um relatório de missão do DHPP de Teresina, para dar continuidade às investigações.

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