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Pedro II - Piauí

Juiz adia julgamento dos acusados de matar Izadora Mourão

A decisão foi proferida nessa segunda-feira (24) pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida.

O juiz Diego Ricardo Melo de Almeida, da Comarca de Pedro II, adiou para 16 de março a sessão plenária do Tribunal Popular do Júri que vai julgar o jornalista João Paulo dos Santos Mourão e a mãe Maria Nerci dos Santos Mourão acusados do assassinato da advogada Izadora Santos Mourão, ocorrido em 13 de fevereiro de 2021.

O magistrado levou em consideração a explosão repentina dos casos envolvendo pessoas infectadas com o coronavírus (covid-19), entre elas funcionários do Poder Judiciário, oficiais de justiça, testemunhas e partes, impactando todo o funcionamento do Poder Judiciário.

Foto: Reprodução/FacebookMaria Nerci e João Paulo Mourão
Maria Nerci e João Paulo Mourão

Na decisão proferida nessa segunda-feira (24), o juiz reforçou que a remarcação do julgamento em prazo inferior a 30 dias da data original, teve como intuito proceder de forma célere e apenas se deu em virtude da explosão repentina e violenta dos casos da doença, afetando todos os setores do Judiciário e da Sociedade.

O próprio juiz deixa claro que foi acometido pela doença, afirmando que no momento se encontra isolado, em quarententa, com sintomas moderados da covid-19 “porém tentando e conseguindo trabalhar, isoladamente, dentro dos limites de sua saúde física”.

O sorteio dos 25 jurados convocados para participar da sessão de julgamento também foi adiado e acontecerá no dia 22 de fevereiro de 2022, na sala das audiências do Fórum local, com a presença do Ministério Público e dos representantes da OAB/PI e da Defensoria Pública Estadual.

João Paulo e Maria Nerci foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e caso sejam condenados, cada um poderá pegar até 30 anos de prisão.

A sessão de julgamento dos réus estava marcada para ocorrer no dia 15 de fevereiro de 2022.

Entenda o caso

Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro de 2021. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.

Foto: Reprodução/FacebookIzadora Mourão
Izadora Mourão

Dois dias depois, o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, acabou sendo preso pela equipe do delegado Denúbio Dias, acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II, na tarde do dia 15 de fevereiro.

A investigação do DHPP apontou que a mãe de Izadora, Maria Nerci, criou um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão. “A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse o delegado Barêtta à época dos fatos.

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