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Teresina - Piauí

Advogado diz que assassino do cabo Samuel Borges agiu em legítima defesa

O advogado, familiares e amigos de Francisco Filho levaram cartazes para o Tribunal de Justiça do Piauí.

A defesa do ex-policial militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, que está sendo julgado nesta quarta-feira (28), pelo Tribunal do Júri, acusado de assassinar o cabo da PM-PI, Samuel Sousa Borges, em fevereiro de 2019, na frente do filho da vítima, alega que o ex-PM agiu em legítima defesa.

A sessão está sendo realizada na 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, no auditório do Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, e está sendo presidida pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto.

Foto: Brunno Suênio/GP1Família do acusado alega legítima defesa
Família do acusado alega legítima defesa

Lucas Oliveira e outros familiares e amigos de Francisco Ribeiro dos Santos Filho levaram cartazes para o Tribunal de Justiça do Piauí alegando que o ex-policial militar do Maranhão deve ser inocentado por ter agido em legítima defesa. “Meu amigo estava indo depositar um dinheiro e pagar um boleto. Foi quando o Samuel o avistou e o perseguiu, porque ele avistou um volume a mais na cintura. E infelizmente aconteceu. A gente nunca espera isso, porque foram duas pessoas esquentadas. Infelizmente chegou a esse ponto que a gente não queria que tivesse chegado. Em vários momentos dessa abordagem, o Santos se identificou como policial e pediu que o Samuel parasse. Até que chegou o momento em que ele [Samuel] tirou a chave da moto e jogou em um terreno baldio, foi aí que chegou aonde chegou. O que a gente entende é que foi legítima defesa e esperamos que o Júri entenda isso”, disse Lucas Oliveira.

Em relação as outras diversas acusações de homicídio que recaem sobre o ex-policial militar do Maranhão, Lucas Oliveira disse não ter conhecimento sobre esses casos, mesmo afirmando ser amigo de Francisco Ribeiro desde 2014. “Os outros crimes eu não posso falar nada, pois eu não tenho conhecimento. Eu não posso estar falando de uma coisa que eu não tenho conhecimento. Até o momento, o conhecimento que eu tinha era que ele não era disso”, completou Lucas Oliveira.

Foto: Reprodução/FacebookAdvogado Francisco Filho
Advogado Francisco Filho

Já o advogado da família, Francisco Filho, sustentou que as atitudes do cabo Samuel Borges levaram ao desfecho do caso. “O Ministério Público sustenta o homicídio doloso qualificado do que foi induzido nos autos do que de fato ocorreu nesse fatídico dia. Nada mais foi do que uma legítima defesa que exerceu o servidor público policial Francisco Ribeiro. A forma como ele foi perseguida, como ele foi agredido moralmente, inclusive até tentado contra a sua vida naquele fatídico dia. Inclusive foi empunhada arma contra ele, foi tentado tirar a todo momento a atenção dele e esse infelizmente foi o desfecho em razão dessas atitudes que foram provocadas pela vítima”, alegou Francisco Filho.

Relembre o crime

Samuel de Sousa Borges, de 30 anos, foi assassinado na frente do próprio filho no início da tarde da sexta-feira, 1º de fevereiro de 2019, próximo a uma escola no bairro Jóquei, na zona leste de Teresina. Uma briga de trânsito teria motivado o crime. A vítima era policial do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE), mas estava a serviço da Vice-Governadoria do Piauí.

Foto: Arquivo PessoalFrancisco Ribeiro dos Santos Filho e cabo Samuel Borges
Francisco Ribeiro dos Santos Filho e cabo Samuel Borges

Segundo testemunhas, dois policiais militares que estavam em motocicletas, começaram a discutir no trânsito na Avenida Presidente Kennedy. O policial militar identificado como Francisco Ribeiro dos Santos Filho, que era lotado no 11º Batalhão da PM de Timon, começou a perseguir Samuel, que estava na moto na companhia do filho de cerca de 8 anos.

O cabo Samuel Borges, então, resolveu parar na Avenida Senador Cândido Ferraz para informar que era policial e encerrar a discussão. Ao virar as costas, o PM Santos atirou pelo menos três vezes contra Samuel.

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