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Teresina - Piauí

Jovem é vítima de importunação em parada de ônibus em Teresina

A vítima, que tem 17 anos, foi importunada quatro vezes pelo acusado. O caso foi registrado na DPCA.

Uma adolescente de 17 anos, de iniciais T. V. S, foi vítima de importunação sexual em um ponto de ônibus localizado em frente a Rodoviária de Teresina, zona sul da Capital, na manhã desta terça-feira (31). Revoltada com a situação, a mãe da jovem foi para cima do acusado e o agrediu.

Em entrevista ao GP1, a mãe da vítima, que preferiu não ser identificada, afirmou que diariamente sua filha se dirige à parada de ônibus para ir à escola. Exatamente em uma dessas ocasiões ocorreu o primeiro caso, no dia 25 de setembro deste ano, quando ele se aproximou da vítima e passou a se masturbar na frente da adolescente, que estava sozinha na parada de ônibus.

“A primeira vez foi em 25 de setembro. Dessa vez, ela estava sozinha, não tinha ninguém na parada de ônibus. A minha filha disse que estava sentada no banco, percebeu que ele desceu da moto, sentou ao lado dela e encostou a coxa dele na perna dela, que disse assim: 'senhor, você quer que eu me afaste?' Mas como ela viu que não tinha mais para onde se afastar, se levantou do banco. Ele passou a mão na bunda dela e depois ficou se masturbando. Ela disse que ficou paralisada, pois na cabeça dela ele poderia ter alguma arma e fazer alguma coisa contra ela ali, pois não tinha ninguém na parada de ônibus”, descreveu a mãe da adolescente ao GP1.

Depois desse episódio, a vítima passou a ir de veículo de aplicativo para a escola. Porém, no último dia 18 de outubro, véspera de feriado, ela se dirigiu novamente a parada de ônibus, no mesmo horário, e o acusado passou na motocicleta e retornou. Dessa vez, havia outras pessoas no local, inclusive, outra mulher que alertou a adolescente sobre o homem, achando que ele estaria se aproximando para cometer um assalto. “Dessa vez, a minha filha chegou a dizer a essa mulher que ele não estava querendo fazer assalto, mas importunar ela. Com isso, ele subiu na moto e foi embora”, contou a mãe.

Boletim de Ocorrência

No dia 20 de outubro, depois do feriado, a mãe da adolescente afirmou que sua filha foi importunada novamente. Então, mãe e filha foram até a DPCA, onde registraram o primeiro Boletim de Ocorrência. A mãe contou que, por não ter condições de pagar um motorista de aplicativo para deixar sua filha todos os dias na escola, teve que pedir que a adolescente fosse de ônibus para o colégio.

Foto: Alef Leão/GP1Boletim de Ocorrência registrado no dia 20 de outubro
Boletim de Ocorrência registrado no dia 20 de outubro

Acusado foi agredido

Na tentativa de flagrar a ação do acusado, na manhã desta terça-feira (31), a mãe e a tia da adolescente a acompanharam até a parada de ônibus, no mesmo horário, e ficaram um pouco distante. O acusado passou na motocicleta, sorriu para a vítima, e depois retornou para a parada de ônibus.

“Hoje eu fui e aconteceu a mesma coisa. Eu fiquei um pouco afastada, para ele não perceber. Ele passou na frente da parada de ônibus, olhou para ela, sorriu e retornou. Ele parou a moto, desceu e ficou mexendo em uma bolsa. Ele ficou se aproximando dela e ela foi se afastando. Quando eu percebi que ele estava chegando muito perto dela eu comecei a gritar, derrubei a moto e puxei ele pela camisa. Ele disse que a gente estava enganada, que ele estava esperando uma pessoa na parada, mas a gente furou o pneu da moto e ainda assim ele conseguiu fugir”, descreveu.

Depois da situação desta manhã, a mãe se dirigiu até a DPCA com a vítima e acrescentou mais informações ao Boletim de Ocorrência, relatando a situação que ocorreu hoje. Bastante abalada, a mãe da adolescente disse que sua filha passou a ter medo de ir à escola e que acorda na madrugada, desesperada. “Graças a Deus a gente conseguiu fazer um vídeo, pegou a placa da moto para tentar resolver essa situação, pois minha filha já não dorme direito, acorda de madrugada tendo pesadelo. Ela está com medo de ir para a parada de ônibus, mas eu não tenho outro meio, pois não tenho condições de pagar um aplicativo todo dia para ela ir para a escola e a gente fica à mercê de uma pessoa dessa”, finalizou.

O caso está sendo apurado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

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