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Teresina - Piauí

Procurador é contra liberdade de ex-PM acusado de matar radiologista em Teresina

Ele é acusado de matar o radiologista Rudson Vieira Batista da Silva em um bar na zona norte, em 2019.

O procurador Aristides Silva Pinheiro, da 9ª Procuradoria de Justiça, se manifestou contrário ao habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça pela defesa do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, preso em outubro de 2022 acusado de invadir um apartamento e agredir fisicamente uma mulher em Teresina. Ele é acusado de matar o radiologista Rudson Vieira Batista da Silva em um bar na zona norte da capital, no ano de 2019.

A defesa alegou, entre outras coisas, que a prisão preventiva foi decretada sem apresentar fundamentação idônea, e que seriam cabíveis medidas cautelares diversas da prisão. O advogado requereu a concessão de liminar com expedição do alvará de soltura, com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. O desembargador Erivan Lopes negou o pedido de liminar.

Foto: Arquivo PessoalMax Kellysson e Rudson Vieira
Max Kellysson e Rudson Vieira

Para o procurador é desarrazoado o argumento da defesa quanto a ausência de fundamentação do decreto de prisão preventiva, segundo parecer juntado aos autos na última segunda-feira (27) a decisão combatida apresenta razões suficientes para ensejar a constrição da sua liberdade, “indicando as evidências da existência material do delito bem como os indícios suficientes de autoria, indo de encontro a toda sua pretensão”.

O magistrado de 1º Grau, diz o procurador, “demonstrou as razões de seu convencimento de maneira sucinta e fundamentada, atendendo às exigências contidas no art. 93, IX, da Constituição Federal, não sendo o caso de prosperar a tese de ausência de fundamentação”.

O parecer conclui que não há qualquer impedimento contra a prisão do ex-policial, razão pela qual se faz inviável qualquer raciocínio acerca de medidas cautelares diversas de prisão.

O habeas corpus tramita na 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí.

Tentativa de homicídio

Segundo relato feito ao GP1 pela advogada da vítima, sua cliente não conhecia Max Kellysson e havia apenas tentado separar uma briga do ex-PM com a namorada. O fato aconteceu no dia 28 de agosto de 2022, em um condomínio na zona leste de Teresina.

De acordo com a advogada, o acusado arrombou a porta do apartamento da vítima, uma senhora de pouco mais de 50 anos, e a agrediu com socos no rosto, nas costelas, e em todo o corpo. O apartamento dela ficou destruído.

Denúncia do Ministério Público

No dia 7 de outubro de 2022, o Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do promotor Ubiraci Rocha, ofereceu denúncia contra Max Kellysson, pelo crime de tentativa de homicídio. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia 13 de outubro daquele ano.

Prisão

Max Kellysson foi preso no dia 18 de outubro de 2022 em um supermercado na zona sul de Teresina. A prisão foi realizada pela Delegacia Estadual de Captura (Decap), sob o comando do delegado Eduardo Aquino, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido no âmbito do processo do crime de tentativa de homicídio.

Assassinato de radiologista

O radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, de 32 anos, foi baleado na noite de 1º de dezembro de 2019, durante um desentendimento com o então policial militar Max Kellysson, em um bar no Bairro Buenos Aires, zona norte de Teresina. Ele chegou a ficar internado no Hospital São Marcos, mas morreu no dia 7 de dezembro.

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