Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Juiz solta servidor comissionado da Alepi preso na Operação Jogo Sujo

A decisão do juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, foi dada nessa quinta.

O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, revogou a prisão preventiva de Lucas Soares Campos de Carvalho, preso durante a "Operação Jogo Sujo", deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, nessa quinta-feira (11).

O alvará de soltura foi assinado ainda na tarde de ontem depois de requerimento da autoridade policial que alegou que após o cumprimento do mandado de prisão, Lucas esclareceu os fatos apurados na investigação ao demonstrar que seu envolvimento no caso se revestiu de natureza tangencial aos fatos principais.

Ao analisar o pedido, o magistrado destacou que Lucas colaborou com as investigações e esclareceu que sua participação assumiu um caráter periférico em relação aos eventos principais, demonstrando que não há risco para a instrução criminal a revogação da prisão preventiva.

O magistrado então acolheu o pedido da autoridade policial e revogou a prisão de Lucas Soares, determinando a expedição do alvará de soltura. Lucas Soares é servidor comissionado da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).

Alvos da operação

O GP1 divulgou com exclusividade, nesta sexta-feira (12), os nomes dos 13 alvos da “Operação Jogo Sujo”. Entre eles está o influenciador Itallo Bruno, conhecido na internet por promover rifas virtuais, que foi preso em casa, além de seus pais, irmã e ex-namorada.

Foto: Reprodução/InstagramItallo Bruno, Samia Camila, Lucilene Nunes e Letícia
Itallo Bruno, Samia Camila, Lucilene Nunes e Letícia

Os investigados são: Itallo Bruno Nunes e Silva; Lucas Soares Campos de Carvalho; Samia Camila Nunes e Silva (irmã de Itallo); Thales Victor Costa; Lucilene Nunes de Sousa (mãe de Samia e Itallo); Kelton Douglas da Silva Moura; Rikelme de Franca Silva Soares Moura; Leticia Evellyn dos Santos Carneiro (ex-namorada de Itallo); Marcos Victor Pereira Silva; José Phablo Rangel Oliveira dos Santos; Valdir Sousa e Silva (pai de Itallo); Israel Veloso da Silva e Vinicius Alves da Silva Barbosa. Todos eles são acusados de jogos de azar, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

“Operação Jogo Sujo”

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, deflagrou a “Operação Jogo Sujo” nas primeiras horas da manhã dessa quinta-feira (11), em Teresina. O objetivo da ação foi reprimir os crimes de jogos de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Foram expedidos 15 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em residências de suspeitos de obter vantagem ilegal por meio de jogos de azar, além da ocultação de patrimônios que teriam sido adquiridos por meio da prática de jogos.

Durante a investigação da polícia, foram identificadas grandes movimentações financeiras entre pessoas vinculadas a facções criminosas. A polícia ainda divulgou que os suspeitos estão sendo investigados pela prática de crimes, como o de organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar, cujas penas de reclusão podem atingir até 18 anos de prisão.

Blogueiro dos “graus” e das rifas

Itallo Bruno acumula quase 680 mil seguidores no seu Instagram e é conhecido por ostentar motos de luxo, as quais faz manobras de empinar a roda dianteira, conhecido como “grau”. O blogueiro também divulgava rifas que prometiam prêmios de grandes valores, com sorteios de valor bem abaixo.

Por meio do seu perfil, ele realizava diversas publicações em viagens pelo Brasil e também fazendo o uso de veículos de alto valor financeiro. Constantemente, o influenciador postava e comentava sobre a compra de novos veículos para uso pessoal.

Ligação com facção criminosa

Segundo o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança, durante as investigações foram encontradas movimentações bancárias dos alvos da operação com um membro de facção, denotando vínculo dos investigados com a organização criminosa, por meio da prática de jogos de azar e lavagem de capitais.

“Com relação a essa operação, encontramos movimentações bancárias com uma pessoa que está dentro do sistema prisional, que faz parte de uma facção criminosa e que, possivelmente [Itallo e os demais presos], estavam fazendo a lavagem do dinheiro para essa facção criminosa. Vamos esclarecer os fatos para determinar o porquê dessas movimentações bancárias com essa pessoa que estava presa”, esclareceu o delegado Matheus Zanatta.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.