O corregedor da Polícia Militar do Piauí, coronel Newmarcos, afirmou nesta sexta-feira (25) que os cabos Fabrício de Sousa Vanderley e Hermes Ferreira de Andrade Filho, presos durante a Operação Subversivos, da Polícia Federal, serão submetidos a um Conselho de Disciplina. Os policiais são acusados de participar de arrombamentos à agências da Caixa Econômica Federal.
O Conselho de Disciplina será formado por três oficiais superiores que irão analisar todas as provas relacionadas aos processos criminais, com foco na conduta disciplinar dos envolvidos. Segundo o coronel Newmarcos, os dois militares ainda não haviam sofrido qualquer sanção administrativa, já que as restrições funcionais só podem ser aplicadas após a abertura formal do procedimento disciplinar. A partir de agora, medidas como suspensão de promoções ou mudança de funções poderão ser adotadas.

“É o seguinte, quando se é faltar ou evidenciar alguma conduta indevida que quebre nosso regulamento moral, a ética profissional, é aberto um processo administrativo-disciplinar, no caso deles, que são o Conselho de Disciplina. É um conselho gerido por três oficiais, a nível superior, que vão apurar todas as provas sobre os processos criminais, enfim, focando na questão disciplinar. Ou seja, aquele profissional, ele é digno de permanecer nas nossas fileiras? Ele desenvolveu o nome da corporação. Se isso for sujeitado, eles são expulsos para fora, são excluídos da Polícia Militar. Eles são cabos, não tem como se alterar a questão de promoções, porque ninguém sabia o procedimento e essas restrições de promoções ou qualquer outra coisa a nível de trabalho, de funções, só poderão ser realizadas a partir agora do início do processo. No caso, nós temos o presídio, o presídio militar que é ligado à corregedoria da Polícia Militar e eles serão conduzidos até o presídio. A audiência de custódia já está em andamento, o juiz vai decidir, com certeza manterá a prisão e eles vão diretamente para o presídio aguardar as determinações da justiça”, detalhou o oficial da PM.
O procedimento é instaurado sempre que há indícios de quebra do regulamento moral ou da ética profissional, com o objetivo de apurar se os policiais ainda são dignos de permanecer na corporação. Caso as condutas sejam confirmadas como incompatíveis com os princípios da PM, os envolvidos serão expulsos e excluídos dos quadros da instituição.
Os dois policiais militares foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Subversivos, na manhã desta sexta-feira (25). A investigação identificou um grupo criminoso oriundo de Santa Catarina, responsável por prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal, por meio de arrombamentos de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí, especialmente em Altos, e em outros estados do Brasil.

Com o avanço das investigações, a PF conseguiu identificar o envolvimento de dois policiais militares, que se utilizavam do cargo que exerciam para facilitar a ação criminosa em desfavor da instituição financeira. Em um dos casos, o BOPE, juntamente com a Polícia Federal, conseguiu prender quatro criminosos, em flagrante delito, tentando furtar a agência da Caixa Econômica Federal de Altos, em 10 de maio de 2023.
Nova ação frustrada pela PF e PM no Piauí
A ação desta sexta-feira, que contou novamente com o apoio do Batalhão de Operações Especiais – BOPE e da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí, é um desdobramento da Operação Muros Baixos, deflagrada há aproximadamente 45 dias.
Naquela ocasião, a Polícia Federal, em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais – BOPE e a Corregedoria da Polícia Militar do Piauí, prendeu dois suspeitos que planejavam ataques a caixas eletrônicos no município de Altos e outras cidades da região metropolitana de Teresina, durante o período carnavalesco.
Operação Subversivos
Os dois policiais militares foram presos nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (25) durante a Operação Subversivos, deflagrada pela Polícia Federal, no âmbito de uma investigação que apura uma tentativa de arrombamento à agência da Caixa Econômica Federal de Altos, região metropolitana de Teresina, registrada em maio do ano de 2023.
Eles são acusados de participar de vários arrombamentos à caixas eletrônicos que causaram prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal.
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