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Teresina - Piauí

Deputado Bessah Filho pede vista nos cinco projetos de empréstimos do Governo do Piauí

O parlamentar mostrou preocupação com o volume dos financiamentos e questionou a estratégia do governo.

Em entrevista ao GP1 na manhã desta quarta-feira (7), o deputado estadual Gustavo Neiva (PP) comentou o pedido de vistas apresentado pelo deputado Bessah Filho (PP) aos cinco projetos de empréstimos solicitados pelo governador Rafael Fonteles (PT), em abril deste ano.

Segundo Neiva, o pedido foi feito em nome de toda a bancada do PP, que atua na oposição ao governo estadual. “O deputado Bessah, que é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), fez o pedido de vistas representando a oposição. Inicialmente, eram três projetos, mas chegaram mais dois, totalizando cinco. Ele solicitou o tempo necessário para que possamos analisar detalhadamente todos os pedidos”, explicou.

Foto: Lucas Dias/GP1Bessah Filho
Bessah Filho

O parlamentar também demonstrou preocupação com o volume dos financiamentos e questionou a estratégia do governo em recorrer a tantos empréstimos. “Esse não é o momento ideal para tomar empréstimos. O crédito está caro, e essas operações vão comprometer o futuro do estado. São 25 anos para pagar, com mais dois de carência, ou seja, 27 anos de endividamento. É preciso ter responsabilidade. Não se pode comprometer o futuro para resolver o presente. Pegar um empréstimo para pagar outro é um sinal de que a situação financeira está ruim, de que o estado está quebrado. Isso é empurrar o problema para frente, e é o que o governo está fazendo”, criticou.

Empréstimos solicitados em 2025

O governador Rafael Fonteles (PT) enviou, no dia 30 de abril, mais duas mensagens à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) solicitando autorização para contratar novos empréstimos. Os valores somam US$ 103 milhões, o equivalente a R$ 580,59 milhões na cotação atual. Com esses, o total de empréstimos solicitados pelo Executivo estadual em 2025 já chega a R$ 11,5 bilhões.

Empréstimos em 2024

Em 2024, o Governo do Piauí já havia recorrido a diversos financiamentos. Em dezembro, o governador assinou um contrato de R$ 730 milhões com o Banco do Brasil. No mesmo mês, foi solicitada autorização da Alepi para um empréstimo de € 39 milhões (cerca de R$ 250 milhões) junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com foco em turismo sustentável e infraestrutura ambiental. Também em dezembro, foi firmada outra operação de crédito com o Banco do Brasil no valor de R$ 2,5 bilhões, voltada para áreas como infraestrutura, saúde, segurança e mobilidade urbana.

Em setembro de 2024, o Senado Federal autorizou o Estado a contratar um empréstimo de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 274 milhões) para projeto de regularização fundiária sustentável. Já em julho, foram firmados dois empréstimos: um de R$ 150 milhões com o BNDES e outro de R$ 100 milhões com a Caixa Econômica Federal.

No dia 15 de abril, o Governo do Estado também firmou contrato de R$ 2 bilhões com o Banco do Brasil, para obras e serviços em todos os 224 municípios, com foco em infraestrutura viária, mobilidade urbana, saúde, segurança, abastecimento e transformação digital.

Empréstimos em 2023

Em dezembro de 2023, o Senado autorizou o Piauí a contratar operação de crédito externa com o Banco Mundial (BIRD) no valor de até US$ 50 milhões (cerca de R$ 244 milhões) para o financiamento do “Programa de Sustentabilidade Fiscal, Eficiência e Eficácia do Gasto Público do Estado do Piauí (Pró-Gestão Piauí)”.

Ainda em dezembro, o Estado contratou R$ 2 bilhões com o Banco do Brasil para investimentos em infraestrutura, mobilidade urbana, segurança pública, saúde, regularização fundiária, transformação digital, entre outras áreas.

Já em novembro, o Estado firmou dois contratos de empréstimo no total de US$ 118 milhões (aproximadamente R$ 600 milhões) para financiar parcialmente o projeto “Piauí Sustentável e Inclusivo”, voltado à segurança hídrica, desenvolvimento socioprodutivo e sustentabilidade ambiental.

Em março de 2023, o Governo celebrou uma operação de crédito de R$ 2 bilhões com o Banco do Brasil, também destinada a obras de infraestrutura e outras áreas estratégicas.

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