Caroline Vitorino
Pedro Oliveira
O vereador Pedro Alcântara (PSD) afirmou na manhã desta quarta-feira (07) que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Kassio Nunes Marques, deveria se considerar impedido de julgar o habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), por também ser natural de Teresina. Segundo o parlamentar, a ligação do ministro com a cidade pode gerar questionamentos sobre a imparcialidade da decisão, independentemente do resultado.
“Se eu fosse ele, eu declinaria de julgar. Ele é teresinense, e qualquer que seja o resultado, alguém pode levantar dúvidas. Não importa se ele tem ou não amizade com ela. Só o fato de ser da mesma cidade já pode gerar interpretações. O que custa dizer: ‘olha, não vou julgar minha cidade’?”, questionou o vereador.
Pedro Alcântara ressaltou que sua fala não tem o objetivo de colocar em dúvida a integridade do ministro, a quem reconhece como competente e íntegro. “Não estou dizendo que ele é parcial. Estou dizendo apenas que, se eu estivesse no lugar dele, abriria mão desse julgamento. Confio nele. Foi meu colega conselheiro na UAB (União dos Advogados do Brasil). Conheço a capacidade dele”, afirmou.
Habeas corpus de Tatiana Medeiros
O ministro Kassio Nunes Marques, do TSE, será o responsável por julgar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa da vereadora Tatiana Medeiros, presa desde o dia 3 de abril deste ano. Inicialmente, o processo estava com o ministro Ramos Tavares, mas foi redistribuído para Nunes Marques nesta terça-feira (6), que passa a ser o novo relator do caso.
No pedido, os advogados da vereadora — Marcos Vinícius Brito Araújo e Telsírio Alencar — destacam que Tatiana sofre de transtornos mentais graves, o que, segundo eles, justificaria sua soltura. “A análise da situação da paciente exige uma abordagem que considere a complexidade de sua condição clínica. Os transtornos mentais graves demandam cuidados especializados e contínuos”, diz trecho do documento.
A defesa solicita a concessão definitiva do habeas corpus e a revogação da prisão preventiva. Caso o pedido principal seja negado, os advogados pedem a conversão da prisão em domiciliar ou, alternativamente, a internação da vereadora em uma clínica especializada. Também solicitam a expedição imediata de alvará de soltura.
A prisão de Tatiana Medeiros
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril, no condomínio The Residence Tower, localizado na rua das Orquídeas, bairro Jóquei Clube, zona Leste de Teresina. A detenção ocorreu durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal no Piauí, que investiga irregularidades eleitorais
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