Nesta terça-feira (24), a vereadora Samantha Cavalca (Podemos) informou à imprensa que ela, juntamente com os vereadores Draga Alana (Progressistas) e Carpejanne Gomes (Podemos), elaborou um relatório paralelo sobre os trabalhos da CPI da Águas de Teresina. Segundo ela, o documento busca esclarecer questões relacionadas ao contrato de concessão e ao método de medição utilizado para a cobrança das tarifas à população da capital.
“Esse relatório não é oficial, porque não foi feito pelo relator da CPI, o vereador Joaquim do Arroz. Mas é um documento construído por três membros que se preocupam com a cidade. Acredito que a população tem o direito de saber sobre o que está acontecendo. O vereador Draga Alana vai protocolar hoje esse relatório”, afirmou Samantha.

Pontos do relatório
Segundo a parlamentar, o relatório traz como um dos principais pontos a prática de medição de consumo mínimo de 15 metros cúbicos, adotada pela concessionária, e a recomendação de que esse parâmetro seja revisto para 20 metros. “Esse relatório é uma abertura de diálogo, não é conclusivo. Queremos ouvir a população e apresentar possíveis soluções com base no que ela precisa”, acrescentou.
Samantha também destacou que o contrato firmado com a concessionária Águas de Teresina, em 2017, teve anuência tanto do Poder Legislativo quanto do Executivo da época, então sob o comando do ex-governador Wellington Dias (PT).
“O contrato existe, e foi aprovado com anuência tanto do Legislativo quanto do Executivo. Isso é um fato jurídico e político que precisa ser analisado à luz da responsabilidade compartilhada”, completou.
Continuidade da CPI
Ao ser questionada sobre a continuidade da CPI da Águas de Teresina, Cavalca adotou um tom mais cauteloso. “Não posso responder sozinha sobre isso. Acredito que a decisão será tomada de forma coletiva. Pode ser prorrogada ou encerrada, mas essa é uma escolha que cabe primeiramente aos membros da CPI”, disse.
A postura da vereadora chama atenção, pois contrasta com declarações feitas no início deste mês, quando desqualificou a CPI, alegando que os trabalhos estavam desorganizados e fadados ao fracasso. “Gente, só escrevam o que eu estou dizendo. Aqui eu não estou sendo a ‘madame Cavalca’, não estou adivinhando o futuro. Vocês vão ver com os próprios olhos: não vai dar em nada. Porque é uma CPI que não está apontando para lugar nenhum, está extremamente desorganizada”, declarou anteriormente.
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