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Grávida de quatro meses denuncia maus tratos de médica do Samu de Teresina

"A pessoa envolvida tem que enviar um documento por escrito solicitando que a gravação da data citada seja ouvida para que possamos avaliar se a denúncia procede ou não", disse diretora do Sa

O GP1 recebeu denúncia da jovem Adriana Antonio dos Santos, 19 anos, sobre mau atendimento de uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Teresina. Segundo a jovem que está grávida de quatro meses e possui uma deficiência em uma das pernas, por volta das 23h da última sexta-feira (22) ela sofreu um princípio de aborto e não foi atendida depois de solicitar ambulância ao Samu.

Desesperada, Adriana ligou para o Samu quando teria sido destratada pela médica de plantão. “Eu estava indo para casa quando comecei a sentir uma forte dor como se fosse perder o bebê. Então liguei para o Samu e expliquei tudo para a atendente. Ela me repassou para a médica e, novamente, expliquei tudo pra ela. Mas, ela pediu para que eu fosse para o hospital mais perto, daí eu disse que não tinha como ir. Mas, a médica voltou a perguntar se eu não tinha ouvido o que ela me falou e desligou o telefone na minha cara”, relatou a mulher.

Adriana retornou a ligação para o Serviço de Atendimento Móvel quando, segundo ela, voltou a ser destratada pela médica. “Eu liguei de novo e expliquei pra atendente, daí ela me disse que não havia solicitação para essa região. Eu pedi pra ela mandar porque eu estava passando mal. Ela tornou a passar a ligação para médica que começou a dizer que minha situação não era caso de ambulância e disse pra eu ir para um hospital mais próximo”, disse.

“Nesse momento, a minha madrinha pediu pra falar com ela, e explicou que eu era deficiente. Que tinha nove centímetros a menos numa perna, que eu não tinha como ir ao hospital e que estava passando mal e mesmo assim, ela desligou o telefone na cara da minha madrinha”, relembrou a jovem.

Mesmo sem estar em condições, Adriana dos Santos, teve que ser levada de moto por uma prima. Ela foi atendida no hospital do bairro Satélite, zona Leste de Teresina, por volta de meia- noite de sábado (23).

“Eu fiquei a noite e o dia todo internada. O médico disse que eu estava com ameaça de aborto, tanto que tomei vários medicamentos e fiquei em repouso absoluto. Minha gravidez é de alto risco e estou sendo acompanhada na Maternidade Evangelina Rosa, mas era muito longe pra eu chegar lá, por isso, tive que ir para o Satélite”, explicou a grávida.

Samu

O GP1 entrou em contato com o Samu e foi atendido pela diretora administrativa do órgão, Marília Veloso. Ela explicou que é necessário que a parte envolvida envie um documento por escrito solicitando a verificação da gravação da conversa para que o caso seja apurado.

“A pessoa envolvida tem que enviar um documento por escrito solicitando que a gravação da data citada seja ouvida para que possamos avaliar se a denúncia procede ou não. Se ficar constatado que o caso procede, tomaremos as providências necessárias, pois não admitimos atitudes desta natureza dentro do Samu”, adiantou Marília Veloso.

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