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Reitor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba é indiciado por estelionato contra o sócio

O reitor já havia sido indiciado pelo mesmo crime contra uma defensora pública e um advogado.

O reitor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Alexandro Marinho Oliveira, foi indiciado novamente por crime de estelionato, além de falsidade ideológica, falsificação de documento particular e apropriação indébita. Só que desta vez, a denúncia foi feita pelo sócio de Alexandro, Claudio Roberto Castelo Branco.

O inquérito policial foi concluído no dia 20 de dezembro pelo delegado Christian Castro Mascarenhas, da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Parnaíba e no dia 22 foi encaminhado à Justiça.

“Restou comprovado que o indiciado teria obtido vantagem ilícita em prejuízo da vítima usando da condição de sócio e, portanto, de confiança, para falsificar assinatura ao celebrar contrato com clientes e apropriar-se de quantias de propriedade da empresa sem repassar os valores para a vítima que era sócio administrador”, concluiu o delegado.

Foto: Divulgação/UFPIAlexandro Marinho Oliveira
Alexandro Marinho Oliveira

Denúncia

De acordo com a representação criminal apresentada no dia 15 de junho deste ano, Claudio Roberto e Alexandro Marinho eram sócios da Construtora Núcleo Construções Ltda há mais de 4 anos.

Contudo, consta que, a partir de 2020, sem a autorização ou o conhecimento de Claudio Roberto, Alexandro Marinho escaneou a sua assinatura e “colou” em vários contratos. “Além de ter incorrido no delito de falsificação de documento particular, é importante destacar que o Representado também se apropriou de vultosos valores pertencentes à Construtora Núcleo Construções”, diz trecho da representação.

Claudio Roberto relatou ainda que ao pactuar diversos contratos de construção por empreitada com a utilização de assinatura falsificada, Alexandro Marinho manteve ele e os clientes em erro, ao receber o pagamento em sua conta pessoal, de sua esposa e na conta da empresa Concretize (na qual é sócio) sem prestar o serviço a que se obrigou contratualmente.

“Por último, o representado ainda assinou várias confissões de dívidas e contratos como se fosse o responsável legal da empresa Núcleo Construções”, afirmou Claudio Roberto na representação.

Claudio disse que tomou conhecimento dos crimes cometidos por Alexandro Marinho em janeiro de 2022, e que o procurou várias vezes para solucionar a imbróglio, mas que todas as tentativas foram infrutíferas.

“Dessa forma, agiu o representado com artifício fraudulento, tendo induzido o representante a erro, uma vez que não esperava que o representado agisse dessa forma, visto que, com o presente fato, está obtendo vantagem patrimonial ilícita e, consequentemente, causando prejuízo ao representante e a todos que firmaram contrato de construção por empreitada com ele”, argumentou Claudio Roberto.

Fim da sociedade

No dia 15 de setembro deste ano, Claudio Roberto recorreu à Justiça para que seu nome seja retirado dos quadros societários da Construtora Núcleo Construções Ltda.

Denúncia de defensora pública e advogado

Também no dia 20 de dezembro deste ano, o delegado Ademar Canabrava indiciou Alexandro Marinho por crime de estelionato, sob acusação de aplicar golpe contra a defensora pública Priscila Gimenes do Nascimento Godoi e o advogado Fernando Kubotsu de Godoi.

Outro lado

Procurado, o reitor Alexandro Marinho não foi localizado. O espaço está aberto para esclarecimentos.

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