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Piauí

Tribunal decide que acusado de matar e esquartejar presos será julgado em Teresina

Sabino Neto Cardoso dos Santos e Leonardo Vieira Silva foram encontrados mortos, boiando em uma lagoa.

O Tribunal de Justiça do Piauí decidiu que o lavrador Eder Jerônimo Vaz da Silva, pronunciado para ser julgado pelo Tribunal Popular do Júri, acusado de homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e sem chance defesa - além de associação criminosa, pela participação na trama macabra que culminou com o arrebatamento e morte de Sabino Neto Cardoso dos Santos e Leonardo Vieira Silva, resgatados da Delegacia de Polícia do município de Buriti de Inácia Vaz/MA, vai ser julgado na Comarca de Teresina.

O pedido de desaforamento foi feito pelo Ministério Público, alegando que durante a instrução processual, as testemunhas constantemente demonstraram receio em prestar declarações e informações sobre as condutas do réu, em virtude de sua fama de “matador”.

Por ser Miguel Alves uma cidade pequena, onde todos se conhecem ou são parentes ou amigos, o Tribunal reconheceu o vício e a impossibilidade de realizar o julgamento de maneira imparcial, sendo recomendável que o Conselho de Sentença, a ser formado, se sinta pressionado por conhecimento e temor ao réu.

Sabino Neto Cardoso dos Santos e Leonardo Vieira Silva foram encontrados mortos, boiando em uma lagoa nas proximidades do município de Miguel Alves. Os corpos aparentavam sinais de tortura e crueldade, com orelhas, pés e mãos decepados, além de olhos e vísceras arrancados, ao que tudo indica enquanto as vítimas ainda estavam vivas, num enredo digno dos mais horripilantes e assustadores filmes de terror.

Para se ter uma ideia, um deles sofreu um corte do abdômen até o tórax e teve o coração arrancado por um dos acusados, que cantava uma música de vaquejada, enquanto executava o espetáculo diabólico.

Para a polícia, o crime foi motivado por vingança pela morte do empresário Kalleu Torres, sobrinho do ex-vereador Odivan Torres, assassinado pela dupla durante o carnaval do ano de 2016.

A decisão das Câmaras Reunidas Criminais do Tribunal de Justiça foi por unanimidade na sessão do dia 23 de fevereiro deste ano.

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