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Justiça nega pedido para revogar prisão domiciliar do dono da JR Rações

A Defesa alegou que o empresário é um idoso de 65 anos e com problemas cardíacos gravíssimos.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou pedido de revogação da prisão domiciliar ao empresário José Raimundo de Oliveira, da JR Rações, acusado de vender ilegalmente a medicação anestésica Cetamina, utilizada para fabricar a nova droga conhecida como Keyla ou Key, para criminosos em Brasília.

A Defesa alega que a condição de saúde do empresário é extremamente grave, com indicação de procedimento cirúrgico de alto risco, e necessidade de constantes deslocamentos a clínicas e hospitais para exames, ingestão de medicamentos que são monitorados pelos médicos diariamente. Ressalta que o acusado possui residência fixa, profissão definida e, inclusive, teve seu pedido de aposentadoria deferido pelo INSS, em razão do seu estado de saúde. Já é um idoso com 65 anos e com problemas cardíacos gravíssimos.

Foto: Alef Leão/GP1A loja do empresário é a J R Rações
A loja do empresário é a J R Rações

Ao indeferir o pedido, o juiz Tiago Pinto Oliveira, da 2ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, afirma que não há fundamento suficiente para a revogação da prisão domiciliar. Segundo a decisão, proferida no dia 19 de março deste ano, não há evidências que comprovem que a prisão domiciliar prejudica o estado de saúde do empresário ou que o tratamento realizado e seu acompanhamento médico não possam ser realizados durante o cumprimento da prisão domiciliar em sua residência.

O magistrado frisa que, se houver comprovada necessidade, o empresário poderá requerer autorização especial do Juízo para realização de consulta médica e de cirurgia.

Empresário foi preso em cumprimento a mandado expedido pela Justiça do Distrito Federal

A prisão do empresário foi feita em novembro do ano passado pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) do Piauí, que prestou apoio à operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, que abrangeu ainda o estado de Goiás. De acordo com o decreto de prisão preventiva, o empresário e o indivíduo identificado como Flavio Dias Cordeiro formam a espinha dorsal de um complexo e muito lucrativo esquema criminoso que vigora no Distrito Federal há mais de 10 (dez) anos para o tráfico de cetamina.

Flávio Dias Cordeiro, vulgo "Gargamel" , estaria há pelo menos uma década comandando a maior operação em atividade de tráfico de cetamina do DF. Seu principal fornecedor seria José Raimundo de Oliveira, através da empresa J Raimundo de Oliveira Rações Ltda de Teresina.

O cloridrato de cetamina é um analgésico veterinário e tem seu tráfico originado sempre a partir de desvios de empresas dessa espécie. Esse analgésico é vendido liquefeito e depois de adquirido pelos traficantes passa por processos caseiros de evaporação, restando, ao final, apenas o pó puro.

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