Questionado sobre o projeto de lei da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, em Brasília, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), afirmou que “quem cometeu crimes deve pagar por eles”. A declaração foi dada nessa segunda-feira (28).
Durante sua fala, o chefe do Executivo estadual ressaltou que o direito à ampla defesa deve ser garantido, mas que a punição é necessária para quem for considerado culpado.
“Acho que é uma questão que está no âmbito do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Acredito que quem cometeu crimes deva pagar conforme a nossa legislação. Um amplo processo de defesa, respeitando todos os trâmites, mas tem que prevalecer essa máxima: quem cometeu crimes deve ser punido conforme a lei”, declarou.

O governador também destacou que não se referia a nenhum caso específico, defendendo a análise individual de cada situação. “Não estou falando de nenhum caso específico, porque cada pessoa merece ter seu caso analisado individualmente. E é isso que a Justiça tem promovido no Brasil — ou, pelo menos, é o que esperamos”, concluiu.
Vereadores cogitam greve de fome em apoio ao projeto de anistia
Em entrevista ao GP1, o deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas) revelou que alguns parlamentares estão cogitando realizar ações como greve de fome e vigílias no plenário, caso o projeto de lei de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro não seja aprovado.
“Acredito que os partidos de direita vão obstruir todas as votações na Câmara a partir da próxima semana, inclusive nas comissões. Pelo que ouvi do líder do PL, a intenção é paralisar e obstruir todas as comissões. Já se fala em Brasília até em outras ações, como greve de fome de deputados e vigílias no plenário”, afirmou o parlamentar.
Ver todos os comentários | 0 |