Cerca de 15% da população piauiense de 25 anos ou mais de idade possui ensino superior, de acordo com dados de 2024. Isso coloca o Piauí como o terceiro estado do Nordeste com maior percentual de pessoas com diploma universitário, atrás apenas do Rio Grande do Norte (17,5%) e de Sergipe (15,4%). A taxa revela um crescimento de 4,6 pontos percentuais em relação ao percentual de 2016, quando 10,7% da população nessa mesma idade tinham ensino superior. Os dados foram coletados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE.
Em números absolutos, o Piauí saltou de 206 mil pessoas com ensino superior em 2016 para 323 mil em 2024. Isso significa um crescimento de 57% no período. Os dados mostram uma elevação tanto na quantidade quanto na proporção da população que concluiu a educação superior, apesar de ainda permanecer atrás da média nacional, que ficou em 20,5% em 2024.
Ainda de acordo com o levantamento, a desigualdade racial na educação superior é evidente no estado. Apenas 12,9% das pessoas de cor preta e parda, com 25 anos ou mais, tinham ensino superior em 2024, enquanto o percentual da população branca chegou a 25,1%. Naquele período, 216 mil pessoas pretas e pardas estavam nessa condição, enquanto o número de pessoas brancas era de 105 mil.
Em comparação às outras unidades da federação, o Piauí ficou 5,2 pontos percentuais atrás da média nacional. Entre os estados, o Distrito Federal apresenta o maior percentual de pessoas com ensino superior (38,9%). São Paulo ficou em segundo lugar, com 25,9%, seguido pelo Rio de Janeiro, que chegou a 25,5%. Na outra ponta da tabela estão o Maranhão (12,5%) e a Bahia (13,6%) — o Ceará ficou logo depois, com 13,9% da população de 25 anos ou mais formada no ensino superior.
Com esses números, o Piauí apresenta um crescimento gradual no percentual de pessoas que concluem o ensino superior, embora ainda enfrente desigualdade racial e uma taxa que se mantém distante da média nacional. Os dados mostram uma evolução ao longo de quase uma década, sendo um reflexo tanto do acesso ao ensino quanto da desigualdade presentes no estado.
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