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Agentes presos por fraude em concurso retornam à Polícia Civil

A decisão foi questionada pelo delegado-geral Riedel Batista. "Isso é muito ruim para a instituição e para os policiais que trabalham dentro dela”, declarou.

Um casal de agentes da Polícia Civil do Piauí, Aline de Miranda Carvalho Nóbrega e Anderson Vasconcelos da Nóbrega, investigados por suposta participação em esquema de fraude no concurso da referida instituição realizado em 2012, retornaram às suas atividades na polícia, após serem liberados da prisão e terem sido afastados de suas funções.

O afastamento foi uma medida cautelar decretada pelo juiz Luiz de Moura, e foi revogado pelo desembargador Pedro de Alcântara, decisão contestada pelo delegado-geral Riedel Batista em entrevista ao GP1. “Não se pode discutir uma decisão judicial, mas há questionamentos importantes a se fazer, pois isso é muito ruim para a instituição e para os policiais que trabalham dentro dela”, declarou.

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Delegado Riedel BatistaDelegado Riedel Batista

Para Riedel, a liminar foi concedida sem uma discussão ampla com todas as partes. Ele informou que uma reunião com o desembargador foi marcada para o próximo dia 19, onde será discutida a decisão. “Esperamos que decisões como esta tenham pelo menos uma discussão prévia, e que sejam ouvidos todos os argumentos: da defesa, da polícia, do Ministério Público e do poder judiciário, para que não sejamos pegos de surpresa ao ver retornar ao trabalho policiais investigados”, avaliou.

Aline de Miranda, que trabalhava na Audiência de Custódia, e Anderson da Nóbrega, que atuava na Polinter, foram realocados na Central de Flagrantes de Teresina, em regime de plantão. Riedel contou que, enquanto afastados, os policiais continuaram recebendo seus salários integrais, e que ao retornarem readquiriram todos os artifícios de um agente.

“Eles estão trabalhando em regime de plantão, justamente para serem preservados e para que se preservem a instituição e as investigações que estão em andamento nas unidades em que eles trabalhavam. Eles receberam arma de fogo distintivo, carteira institucional, têm acesso a todos os sistemas de consulta”, afirmou.

Por fim, o delegado informou que o inquérito policial sobre a fraude no concurso já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que deve apresentar a denúncia ainda nesta semana.

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