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Dono de aeronave que caiu em Teresina já foi preso por furtar avião

O GP1 apurou ainda que proprietário do Bonanza PT AFN também já havia se envolvido na queda de um avião que matou seu copiloto, no ano passado.

O proprietário da aeronave modelo Bonanza PT AFN, que caiu em Teresina na última sexta-feira (28), matando o piloto Leandro Holdefer, já havia se envolvido na queda de um outro avião no ano passado, em Belém do Pará. Ele também já foi preso pela Polícia da Bolívia, acusado de furtar um avião monomotor Cessna 210, de prefixo PTJKX, que pertencia a uma emissora de TV, no estado do Mato Grosso, em 2016.

Na ocasião do dia 25 de maio de 2016, Bruno Alencar Wachekowski, acompanhado de outros dois suspeitos, furtou a aeronave do hangar do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

  • Foto: Reprodução/FacebookBruno Alencar WachekowskiBruno Alencar Wachekowski

De acordo com o plano de voo, o destino deles era chegar com a aeronave até o município de Cáceres, região que faz fronteira com a Bolívia, mas o monomotor acabou caindo em uma fazenda localizada a 30 km de San Javier, na região de Santa Cruz de La Sierra. Bruno Alencar ficou ferido, sem gravidade e foi preso pela Polícia Federal.

Acidente em Teresina

O levantamento realizado pelo GP1, junto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), apontou que a aeronave que caiu em Teresina foi fabricada em 1951 e foi comprada por Bruno Alencar Wachekowski, de 23 anos, no dia 02 de junho de 2020, mas estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) cancelado, em função de irregularidade quanto à licença de estação e da Inspeção Anual de Manutenção (IAM) estar vencida.

No dia do acidente ocorrido em Belém do Pará, em 13 de fevereiro do ano passado, Bruno Alencar Wachekowski pilotava o avião que caiu, matando o copiloto Lucas Ernesto Santos e Santos, de 25 anos.

Investigações

As investigações sobre aqueda do monomotor ocorrida na capital do Piauí já foram iniciadas no dia seguinte e estão a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e do delegado do 21º Distrito Policial, Odilo Sena.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1O avião de modelo monomotor Monomotor ficou destruído

Dentre as várias hipóteses levantadas pela autoridade policial está a possibilidade de a aeronave modelo Bonanza PT AFN, mesmo bastante antiga, ter como função a utilização em voos de baixa altitude para que não fosse detectada por radar e, dessa forma, transportar algum tipo de atividade ilícita, já que o piloto Leandro Holdefer chegou ao aeródromo Nossa Senhora de Fátima, sob ordem de Bruno Alencar Wachekowski, para que levasse o monomotor até o município de Novo Horizonte, no estado do Pará, de onde o proprietário do avião é natural.

A Polícia Civil do Piauí não descarta, portanto, as chances de que o monomotor fosse ser usado para o narcotráfico. No inquérito policial será instaurado nesta quarta-feira (02), Bruno Alencar Wachekowski será intimado a prestar depoimento sobre as circunstâncias do acidente que acabou vitimando Leandro Holdefer, de 31 anos.

  • Foto: Reprodução/InstagramLeandro HoldeferLeandro Holdefer

Entenda o caso

Um avião de modelo monomotor caiu na tarde de sexta-feira (28), por volta de 13h30, nas proximidades do Parque de Exposições Dirceu Arcoverde, em Teresina. O piloto, identificado como Leandro Holdefer, acabou morrendo carbonizado.

O Corpo de Bombeiros de Teresina informou ao GP1 que populares testemunharam a queda da aeronave e acionaram a guarnição. “Alguns populares avisaram o Corpo de Bombeiros e então nós deslocamos nossas equipes e viemos efetuar o resgate. Nós procuramos o local do acidente e nos deparamos com o fogo da queda e o corpo da vítima”, informou o sargento Givago, do Corpo de Bombeiros.

A aeronave caiu no alto de um morro de difícil acesso. No local, foram encontradas partes do trem de pouso e de uma das asas distantes cerca de 10 metros da principal fuselagem, onde estava o corpo do piloto, ainda em chamas.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda foi ao local, mas não havia nada a ser feito, além do controle do fogo por parte do Corpo de Bombeiros, que isolou a área posteriormente.

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