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Saiba quem são os alvos da Operação Alavancada deflagrada pela PF

O MPF pediu a Justiça Federal que condene os réus ao pagamento de R$ 14 milhões.

O GP1 teve acesso aos nomes dos três alvos da Operação Alavancada, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (14), com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por praticar golpes utilizando-se do esquema de pirâmide financeira contra mais de 300 investidores em diversas cidades do Piauí e em Brasília, no Distrito Federal. Os alvos são o empresário Pedro Gil da Fonseca Duarte, sua irmã Isabela Fonseca Alves Duarte e o primo Matheus da Fonseca Correia.

Os três foram alvos de mandados de prisão nesta terça, sendo um de prisão preventiva, contra Pedro Gil, e dois de prisão temporária, contra Isabela Fonseca e Matheus da Fonseca. O Ministério Público Federal no Piauí (MPF-PI) denunciou os três agentes criminosos por crime contra o sistema financeiro, com pena que pode variar entre dois a oito anos de reclusão e multa.

Foto: ReproduçãoPedro Gil Fonseca Duarte
Pedro Gil Fonseca Duarte, era o líder da quadrilha

O MPF também pediu a Justiça Federal que condene os réus ao pagamento de R$ 14 milhões por dano moral coletivo e pediu à Justiça a decretação da indisponibilidade dos bens, além do bloqueio dos valores dos acusados. O inquérito que investiga o grupo foi instaurado em 2022 e até o momento os investigadores da PF apuraram que a organização criminosa conseguiu arrecadar cerca de R$ 12 milhões através de golpes a mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília, Floriano, Elizeu Martins, Corrente e Teresina.

Estrutura criminosa

De acordo com a investigação da Polícia Federal, os denunciados montaram uma estrutura criminosa para operar, sem a devida autorização, instituição financeira, em que há a captação de clientes que fornecem valores para serem investidos nos mercados de valores mobiliários, com a promessa de ganhos de até 18% ao mês, sem menção aos riscos associados, com informações insuficientes sobre os supostos investimentos e carência de registro profissional para a atividade em órgão regulador ou fiscalizador.

Conforme a denúncia do MPF, as investigações tiveram início a partir de notícias de que representantes da empresa 2P Trader Investimentos, que tem Pedro Gil como sócio administrador e Isabela Fonseca como advogada, estavam oferecendo ao público em geral espécie de contrato de investimento coletivo, denominado “Contrato para Realização de Operações nos Mercados Administrados por Bolsa de Valores e/ou por Entidade do Mercado de Balcão Organizado”.

Pedro Gil era o líder do grupo

As investigações também apontaram que Pedro Gil foi o principal idealizador do esquema e era ele que possuía a palavra final quanto à gestão e investimento dos montantes arrecadados do público em geral. Para aumentar o capital em seu poder, o investigado arregimentou pessoas de confiança do grupo criminoso, encarregadas de angariar mais clientes para a sociedade empresária, ofertando ao público contratos de investimento.

Participação de Matheus da Fonseca e Isabela Fonseca

As investigações concluíram que Matheus da Fonseca morava em Floriano e era responsável por captar clientes na cidade piauiense. Isabela Fonseca era participante ativa do esquema, sendo responsável por comandar a parte jurídica para dar sustentabilidade à pirâmide.

Movimentação financeira

Segundo apurado em relatórios de inteligência financeira, Pedro Gil teria movimentado por sua conta pessoal, no período de 5 março de 2020 até 28 de fevereiro de 2021, o montante de R$ 3.402.770,00 a crédito e R$ 3.347.302,00 a débito. O aumento exponencial na movimentação pessoal, incompatível com o perfil do cliente, chamou atenção dos órgãos de investigação.

Outras investigações contra Pedro Gil

Segundo o MPF, Pedro Gil também é alvo de outras investigações da Polícia Civil do Distrito Federal e do Piauí por vários crimes, dentre eles, estelionato, sendo considerado o líder de uma organização criminosa. Diante disso, o Ministério Público pediu a manutenção da prisão preventiva contra ele, com base na garantia da ordem pública, da ordem econômica e na garantia da aplicação da lei penal.

Operação Alavancada

A PF no Piauí deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (14), a Operação Alavancada, com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava golpes financeiros utilizando-se do esquema de pirâmide financeira no Piauí e em Brasília, no Distrito Federal. Os investigados se apresentavam como "traders” para captar economias de vítimas/investidores, com o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.

Foto: Divulgação/PF PIOperação Alavancada
Operação Alavancada

Foram cumpridos oito mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de busca e apreensão nas cidades de Brasília, Formosa-GO e Cuiabá-MT. As ordens foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano-PI.

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