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Política

Prefeito eleito de Oeiras é réu na Justiça Federal por improbidade administrativa

Também foram denunciados na mesma ação o atual secretário de educação, Átila de Freitas Lira, o empresário Edwaldo Freitas Lira e o presidente da Construtora OAS, Marcelo Jose Quei

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarLukano e B. Sá(Imagem:Divulgação)Lukano e B. Sá
O prefeito eleito de Oeiras, Lukano Araújo Costa Reis Sá, é réu em uma ação civil por atos de improbidade administrativa na Justiça Federal, Seção Judiciária do Piauí. A ação tramita na 5ª Vara Federal.

Lukano Sá foi denunciado pelo procurador da República Carlos Wagner Barbosa Guimarães em 23 de setembro de 2010. Na mesma ação também figura como réu o pai do prefeito eleito, o ex-deputado Federal B.Sá que foi acusado de cobrar propinas de uma empreiteira. A ação tem por base a “ Operação Confraria”, desencadeada pela Polícia Federal em 2005. B.Sá, em seu quinto mandato, teria sido flagrado em interceptação telefônica negociando valores em suposto esquema de fraude a licitações, estelionato, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, falsidade ideológica, corrupção, tráfico de influência, advocacia administrativa e formação de quadrilha.

Também foram denunciados na mesma ação o atual secretário de educação, Atila de Freitas Lira, o empresário Edwaldo Freitas Lira e o presidente da Construtora OAS, Marcelo Jose Queiroga Maciel.

Entenda o caso

Em abril de 2005, a Polícia Federal flagrou o então deputado federal B. Sá, do PSB, e Domiciano Cabral, do PSDB, negociando propinas com empreiteiras. Escutas telefônicas mostravam B. Sá defendendo os interesses da construtora baiana OAS no Piauí. Seus diálogos com um dos executivos da OAS demonstram que ele trabalhava para liberar recursos federais para a empreiteira, que construía a barragem de Poço do Marruá no sul do Piauí.

Em troca, B. Sá teria recebido pagamentos em dinheiro. Grampos semelhantes apanham Domiciano Cabral acertando comissões em obras feitas pela Cojuda, uma construtora que pertence ao sogro do parlamentar.

B. Sá transitava na esfera de influência de Ciro Gomes no início do governo Lula e acompanhou o ex-ministro quando este ingressou no PSB. Sob o comando de Ciro, passou a concentrar suas emendas ao Orçamento na barragem de Poço do Marruá. A licitação da obra, orçada em 106 milhões de reais, foi vencida pela OAS. B. Sá empenhou-se tanto na execução da barragem que passou a distribuir no estado um adesivo no qual divulga seu esforço. "Bendito Senhor das Águas", exaltava seu adesivo. Nas escutas feitas pela PF, o deputado solicitava o pagamento de comissões, que ora eram chamadas de "passivo", ora de "diferença" e até de "volumoso". Numa das conversas, B. Sá cita um de seus filhos,que a PF interpretou como sendo Lukano Sá.

Clique aqui e confira a tramitação do processo no site da Justiça Federal.

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