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Sigifroi Moreno diz que não pagou para estar no livro que elenca 30 "advogados de ouro" do Piauí

O presidente informou que a Ordem dos Advogados não tem qualquer relação com o livro e afirmou que ele não fere o código de ética.

Em entrevista ao programa Agora, da TV Meio Norte, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional do Piauí, Sigifroi Moreno, comentou a polêmica do livro “Advogados do Piauí- Seleção de Ouro” que mostra os 30 melhores advogados do Piauí e seus respectivos escritórios de advocacia.

O livro foi idealizado pelos jornalistas Dina Magalhães e Allison Bacelar. Alguns advogados estão questionando o livro por que ele feriria o código de ética da OAB que proíbe publicidade. Os advogados ainda questionam se os advogados pagaram para estar no livro e como foi que aconteceu a escolha dos 30 advogados, já que alguns citados no livro ainda estariam em início de carreira na advocacia, sendo que um seria recém-formado.

O presidente da OAB, que fez o prefácio, afirmou que não considera justo julgar os advogados que estão no livro. “Estou falando hoje não na condição de presidente da ordem, mas como advogado que sou e na condição da pessoa que prefaciou aquele livro tão falado. Primeiro existem pouquíssimos responsáveis pela edição daquele livro, que são os dois jornalistas. Eu quero com isso dizer, que não há que pesar responsabilidades nos demais colegas que estão lá retratados”, disse Sigifroi Moreno.
Imagem: Jailson RodriguesPresidente da OAB Sigifroi Moreno(Imagem:Jailson Rodrigues)Presidente da OAB Sigifroi Moreno
O advogado comentou sobre a escolha dos advogados que estão no livro. “Aquele livro traz um retrato momentâneo da nossa história, trazendo 30 perfis de alguns advogados que tem um respaldo como profissionais, que tem uma trilha de sucesso na advocacia. Lá não estão os 30 melhores ou só os melhores, temos vários advogados que não estão comtemplados lá, mas que efetivamente mereciam estar lá. Porque eu digo isso? Por que precisa ser feita uma distinção muito clara do que se propõe o livro e do que estão dizendo que é o objetivo do livro, o livro não tem objetivo de merchandising ou de publicidade de alguns advogados, temos advogados lá de 30 a 40 anos de carreira. Eles não construíram o nome por estar em um livro e temos vários jovens advogados que independentemente do tempo de atividade, tem uma carreira brilhante na advocacia, tendo um perfil ético e dedicado as suas causas e seus clientes”, disse o advogado.

Sigifroi moreno afirmou que a Ordem dos Advogados não tem qualquer relação com o livro e defende a sua divulgação. “A Ordem não tem qualquer vinculação com aquela obra, aquilo não é uma iniciativa da Ordem. É a iniciativa de dois jornalistas copiando exemplos que existe no país afora. Que efetivamente não se presta para marketing que alguns dizem que está tendo. O livro não tem finalidade de comércio. O livro tem o objetivo de retratar historicamente alguns advogados”, disse Sigifroi Moreno.

Questionado se pagou alguma coisa para estar no livro, o advogado foi categórico em afirmar que não.. "Eu na verdade não paguei nada, mas a sua pergunta deve ser respondida pelos jornalistas que fizeram o livro”, disse Sigifroi que logo foi informado que os dois responsáveis pelo livro haviam se negado a comentar qualquer fato. “Eu fui convidado para prefaciar o livro, os jornalistas não solicitaram nada para que eu fizesse isso”. afirmou.

Sigifroi Moreno disse estar preocupado com esse tipo de discussão, pois segundo o advogado isso deveria ser discutido no conselho de ética e afirmou que o livro não infringe nada no código de ética da OAB. “Se é ético ou não, deve ser apreciado pelo conselho de ética que aprecia questões como essas, eu fico preocupado quando esse tipo de tema é discutido publicamente dessa maneira e não em um tribunal adequado para saber se existe uma infração disciplinar. Na nossa concepção não existe uma infração, antes mesmo de prefaciar o livro eu fiz uma análise e não detectei nenhuma infração disciplinar. Se houver uma representação na Ordem, claro que responderão”, afirma Sigifroi Moreno.

Sigifroi lembrou que nomes como João Pedro Ayremoraes, Luis Gonzaga Viana, Celso Barros Coelho e Jurandir Porto jamais participariam de um evento que não fosse pautado na ética e que estes e os demais nomes que ali se encontram merecem o respeito de todos.
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