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Política

Bancada liderada por Wellington Dias impede que Romeu Tuma Júnior fale no Senado Federal

Tuma Jr., em seu livro "Assassinato de Reputações", diz que Lula era, para o regime militar, bem mais do que um sindicalista rebelde: era um informante, que gozava de privilégios na prisão.

Reportagem da revista "Veja" afirma que Tuma Jr., em seu livro "Assassinato de Reputações", diz ex-presidente Lula era, para o regime militar, bem mais do que um sindicalista rebelde: era um informante, que gozava de privilégios na prisão.

Numa ação orquestrada pela bancada governista, comandada pelo líder do PT, senador Wellington Dias, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado rejeitou ontem convite para o ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, do Governo Lula, falar aos senadores sobre o livro em que acusa o PT de fabricar dossiês contra a oposição.
Imagem: VejaRomeu Tuma Júnior conta como funciona o estado policial petista(Imagem:Veja)Romeu Tuma Júnior conta como funciona o estado policial petista
Em maioria na comissão, os aliados do governo rejeitaram o convite, que havia sido apresentado por senadores do PSDB. Os governistas argumentam que o Senado não pode ouvir acusações de um ex-secretário que deixou o governo federal em meio à suspeita de beneficiar contraventores.

Líder do PT, o senador Wellington Dias (PI) afirmou que o Congresso não pode "criar a praxe" de ouvir autores de livros-denúncia. "Sei que tem processo eleitoral, disputas em jogo, mas não vale a pena a gente ir por esse caminho." Os autores do convite, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Álvaro Dias (PSDB-PR), criticaram a decisão da CCJ porque consideram que o Senado tem que ouvir denúncias de um ex-membro do governo que ataca a atual gestão do PT.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Senador Wellington Dias(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Senador Wellington Dias
"Ele dá nome e sobrenome a articulações criminosas que ocorreram no âmbito do governo e do Ministério da Justiça que ele frequentou. Não se trata de documento apócrifo", protestou Aloysio Nunes. Dias afirmou que há uma "fábrica de dossiês nos porões da política suja" que envolve membros do governo federal. "Há capítulo não escrito no mensalão, no crime de Santo André. E se há capítulo não escrito, é preciso que seja escrito. Daremos oportunidade aos que contestam as denúncias de contestá-las em frente ao autor", afirmou o tucano.

Denúncias

Reportagem da revista "Veja" afirma que Tuma Jr., em seu livro "Assassinato de Reputações", diz que recebeu "ordens" para produzir e esquentar dossiês contra adversários do governo do PT no período em que foi chefe da Secretaria Nacional de Justiça --entre os anos de 2007 e 2010.

O delegado afirma no livro que as ordens vinham do Palácio do Planalto, Casa Civil e do próprio Ministério da Justiça. A secretaria ocupada por Tuma Jr. é vinculada ao Ministério da Justiça.
Imagem: ArquivoMarisa, Lula e Romeu Tuma Júnior (de bigode, à direita na imagem)(Imagem:Arquivo)Marisa, Lula e Romeu Tuma Júnior (de bigode, à direita na imagem)
No livro, o delegado diz ainda que o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel foi um crime político e que ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) foram grampeados ilegalmente pela Polícia Federal e Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em 2007.

Tuma Júnior afirma também o ex-presidente Lula era, para o regime militar, bem mais do que um sindicalista rebelde: era um informante, que gozava de privilégios na prisão.

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