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Política

Temer instala dispositivo que impede gravações em gabinete

O aparelho instalado é conhecido como “misturador de voz”, que dificulta a gravação ao embaralhar o conteúdo de uma conversa gravada por meio de qualquer tipo de aparelho eletrônico.

Segundo informações do Blog do Camarotti, um dispositivo foi instalado no gabinete do presidente Michel Temer (PMDB) com o objetivo de evitar que sejam gravadas conversas, assim como a que foi feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, no Palácio do Jaburu, que acabou gerando a apresentação de uma denúncia pelo procurador-geral Rodrigo Janot.

O aparelho instalado é conhecido como “misturador de voz”, que dificulta a gravação ao embaralhar o conteúdo de uma conversa gravada por meio de qualquer tipo de aparelho eletrônico. O dispositivo emite uma frequência sonora que danifica o áudio, ficando apenas um chiado.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel TemerMichel Temer

O dispositivo também foi instalado em outros lugares, como nos gabinetes dos ministros. Ainda para reforçar a segurança, a equipe do presidente também proíbe a entrada de celulares no gabinete presidencial, sendo que os visitantes precisam deixá-los do lado de fora.

Michel já foi alvo de outras gravações, no ano passado. O Blog do Camarotti afirmou que houve uma suspeita de que o Ministro da Cultura, Marcelo Calero, teria gravado uma conversa ocorrida no gabinete presidencial. Na ocasião ele admitiu que tinha gravado apenas uma conversa pelo telefone.

A gravação que gerou denúncia

Joesley gravou uma conversa em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. No áudio, o empresário diz para Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para eles ficarem calados. Diante desta afirmação, Temer teria dito: “Tem que manter isso, viu?”.

A gravação foi entregue por Joesley como prova na delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República e homologada pelo STF. Por causa do áudio, foi aberta uma investigação contra Temer por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

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