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Regina chama Eduardo Bolsonaro de irresponsável por ameaçar AI-5

"Ele cresceu ouvindo o pai dele elogiar a Ditadura Militar. Ele está expressando o que ele é, que é autoritário, irresponsável de certa forma porque parece que não conhece a Constituição", de

A vice-governadora Regina Sousa (PT) disse em entrevista na sexta-feira (31) que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) foi irresponsável ao ameaçar a esquerda de um novo AI-5 durante uma entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube. Regina disse que o fato é “temeroso” porque a ideia do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) “ecoa em algumas vozes”.

“Aquele menino foi criado em um ambiente autoritário. Ele cresceu ouvindo o pai dele elogiar a Ditadura Militar. Ele está expressando o que ele é, que é autoritário, irresponsável de certa forma porque parece que não conhece a Constituição. Uma pessoa que é da Polícia Federal e que diz uma coisa daquela. É temeroso porque ecoa em algumas vozes. Eu não gostei da resposta do general Heleno, por exemplo”, declarou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Regina SousaRegina Sousa

Em entrevista ao Estadão, o General Heleno disse que caso houvesse necessidade, Eduardo teria que “estudar como vai fazer”. Regina defendeu que Eduardo Bolsonaro seja punido por quebra de decoro parlamentar e acusou o presidente Jair Bolsonaro de ser envolvido com a milícia.

“Acho que ele precisa ser punido por quebra de decoro parlamentar. Tem que tomar providência. O que a gente tem impressão é que os filhos do Bolsonaro governam com ele, mandam tanto com ele e isso é muito perigoso. Essa relação com a milícia, sabemos disso desde a primeira eleição do Bolsonaro, que ele tinha ligação com milícia, não é novidade para ninguém”, finalizou.

O que foi o AI-5

O Ato Institucional de número 5 foi um decreto emitido pela Ditadura Militar durante o governo de Artur da Costa e Silva em dezembro e 1968. O ato foi lido em cadeia nacional pelo então ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva.

Dentre os doze artigos no AI-5 ficou proibida a garantia de habeas corpus em casos de crimes políticos, fechou o Congresso Nacional, autorizava o presidente a decretar estado de sítio, demitir pessoas do serviço público, cassar mandatos, confiscar bens privados e interferir nos estados e municípios.

Na época, 500 pessoas perderam seus direitos políticos. Cinco juízes de instância, 95 deputados e 4 senadores perderam seus mandatos.

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