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Polícia Federal não prepara esquema especial para soltura de Lula

Delegados ouvidos pelo 'Estado' consideram que, a partir da ordem de soltura do ex-presidente ele não estará mais sob custódia da corporação em Curitiba.

A Polícia Federal em Curitiba não montará nenhum esquema especial de segurança para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar a prisão. Na tarde desta sexta-feira, 8, o juiz Danilo Pereira Júnior, titular da 12.ª Vara de Execuções Penais, determinou expedição de alvará de soltura do petista, menos de 24 horas depois que o Supremo declarou inconstitucional a prisão em segunda instância.

Segundo delegados ouvidos pelo Estado, a partir da determinação de soltura Lula não estará mais sob custódia da PF e deixará o prédio como os demais presos, a não ser que seus advogados peçam para que a exposição seja evitada.

A avaliação na PF é a de que a própria defesa não irá pedir que ele deixe o prédio acompanhado por policiais, para escapar de fotos e evitar tumulto, porque a escolta passaria a imagem de que o petista continua preso.

  • Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão ConteúdoApoiadores do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva se concentram na frente da sede da Polícia Federal em CuritibaApoiadores do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva se concentram na frente da sede da Polícia Federal em Curitiba

Manifestantes montaram, ao lado do prédio da PF, na capital paranaense, um palanque para Lula discursar assim que deixar a prisão.

A estimativa da Polícia Militar é a de que 2 mil pessoas aguardam o ex-presidente no momento, diante da Superintendência da PF.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-senador Lindbergh Farias (RJ) também chegaram ao local.

Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

O petista está inelegível e responde a outros processos, situação que por enquanto não muda, mesmo que ele seja libertado.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta, 7, que condenados têm direito a cumprir a pena em liberdade até que o último recurso seja julgado.

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