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Política

PSL expulsa deputados alvos do inquérito das fake news

Investigados no inquérito das fake news, Gil Diniz e Douglas Garcia estavam suspensos do partido desde o fim de maio.

A expulsão dos deputados estaduais Gil Diniz e Douglas Garcia dos quadros do PSL foi oficializada nesta quarta-feira, 15. Os dois estavam suspensos do partido desde 28 de maio em razão das investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento dos parlamentares na disseminação de notícias falsas.

Em reunião na tarde de hoje, o Conselho de Ética do diretório paulista da sigla decidiu, por unanimidade, formalizar a exclusão da dupla. Garcia, acompanhado do advogado, participou do encontro.

De acordo com a assessoria do PSL, a decisão foi motivada por ‘manifestações de ataques aos STF e seus ministros’.

“Em reunião do Conselho de Ética da executiva estadual do PSL em SP, foi deliberada a expulsão dos deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, por práticas que afrontam o estatuto do partido, ao qual todos os filiados são submetidos, especialmente no que se refere ao seu artigo 7º do Código de Ética, que veda atividades políticas contrárias ao regime democrático, caracterizadas pela conduta dos dois deputados em manifestações que atentam contra o STF e seus ministros. Aos dois representados foi dado irrestrito direito de defesa, onde não negaram os fatos a eles imputados”, escreveu o deputado federal Júnior Bozzella, presidente do diretório estadual do PSL em São Paulo, em nota à imprensa.

A ata da reunião que determinou a expulsão de Gil Diniz e Douglas Garcia cita apoio dos parlamentares a manifestantes que ofenderam e ameaçaram o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que mira os deputados. O ministro determinou que os dois prestem depoimento e preservem conteúdo de todas as postagens veiculadas por eles nas redes sociais. O chefe de gabinete de Douglas Garcia, Edson Pires Salomão, foi alvo de busca e apreensão no âmbito da mesma investigação.

Garcia também é alvo de inquérito civil aberto pelo Ministério Público de São Paulo para apurar suposto gabinete do ódio na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Os promotores suspeitam que o gabinete do deputado tenha sido usado para atacar ministros do Supremo Tribunal Federal e adversário políticos, como a deputada Joice Hasselmann.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO DOUGLAS GARCIA

“É uma honra ser expulso pelo deputado Junior Bozella, e sua assessoria (como é grande parte da Executiva do Partido); num resultado claramente viciado. Não concordo com a expulsão. Jamais participei de ato antidemocrático nenhum, assim como é mentira que eu tenha sido suspenso em função do inquérito sobre as Fake News. Nós estamos sendo sistematicamente perseguidos pelo Partido e isso não é bom para a Democracia”.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO GIL DINIZ

A reportagem busca contato com o deputado Gil Diniz. O espaço está aberto para manifestações.

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