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Política

"Haddad é o novo Bolsonaro do PT", critica senador Ciro Nogueira

A crítica foi feita ao comparar a postura do PT em relação a Haddad com os ataques feitos a Bolsonaro.

Neste domingo (26), o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) publicou na sua conta oficial do Twitter duras críticas ao Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comparar a postura do Partido dos Trabalhadores em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com os ataques que eram feitos ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

“Esclarecendo: após 2 meses, o PT não busca soluções, mas culpados. 1º, foi o PR Bolsonaro. Não colou? Atacam o Ministro da Fazenda deles mesmos. Haddad é o novo Bolsonaro do PT sim, o novo “culpado” pela velha falta de rumo do governo”, escreveu o ex-ministro de Bolsonaro.

A fala de Ciro Nogueira é sobre o recente aumento do preço dos combustíveis no Brasil, fator que gerou desgaste na economia nacional e na popularidade do governo. Além do fato de que, após dois meses do governo, em manifestações públicas nos últimos dias, o PT e líderes da legenda no Congresso fizeram coro contra a retomada da cobrança de impostos federais nos combustíveis e por uma nova política de preços para a Petrobras.

Entenda

A pressão petista atinge o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende a reoneração e, por tabela, o presidente da Petrobras, o também Jean Paul Prates. Lula deve articular a decisão, que tem de ser tomada até a próxima terça-feira (28), quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool.

A equipe econômica argumenta não haver espaço fiscal para a manutenção da desoneração sobre combustíveis e que a prorrogação da medida custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos até o fim de 2023. Haddad, que declarou no discurso de posse ser o “patinho feio” da Esplanada, corre o risco de fazer valer sua profecia e colher sua terceira derrota em dois meses.

Em dezembro de 2022, o ministro disse que havia pedido ao governo de Jair Bolsonaro (PL) que não adotasse medidas que diminuíssem a arrecadação da União em 2023, entre elas, a continuidade de isenção do tributo. No entanto, no início de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a isenção do imposto federal sobre combustíveis até 28 de fevereiro, o que fez com que o mercado financeiro reagisse mal à decisão.

A reoneração do PIS/Cofins sobre os combustíveis a partir de março está entre as medidas anunciadas e que elevam a receita da União. Segundo a equipe econômica, o fim da isenção resultaria em ganhos tributários de R$ 28,9 bilhões de março a dezembro. O fim do benefício aumentará os preços da gasolina e do etanol em R$ 0,69 e R$ 0,24 por litro, respectivamente, de acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

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