O deputado federal Merlong Solano (PT-PI) fez uma breve apreciação a respeito da federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV. Ao GP1, o parlamentar analisou que a sigla petista tem se entendido mais com a sigla comunista do que com a verde.
“Ainda estou avaliando a federação. A federação, por um lado, viabiliza a continuidade de diversos partidos e ajuda até a agilizar os trabalhos no Congresso Nacional, porque diminui o número de lideranças autorizadas a fazer orientações. Por outro lado, ela, às vezes, faz com que o problema de um partido possa repercutir sobre o outro, além da questão de redução do número de candidatos, o que cria dificuldades. Acho que a federação Brasil da Esperança trouxe pontos positivos, a relação do PT com o PCdoB tem sido muito boa, mas com o PV não tenho enxergado profundidade nessa relação”, afirmou Solano à nossa reportagem.

Reflexo em Teresina
A avaliação de Solano encontra reflexo na cidade de Teresina. Ainda nas eleições de 2024, o vereador Dudu (PT) e a ex-deputada Teresa Britto, líder do PV, trocaram acusações de que um partido prejudicou o outro no pleito.
À época, Teresa Britto acusou o PT de não ouvir as demais legendas. “O partido [PV] deu uma encolhida porque tivemos dificuldade em lançar candidaturas majoritárias, o espaço era só do PT. Não fomos ouvidos, não participamos da discussão. Não é interessante uma aliança em que só um lado é ouvido. Os partidos precisam se abraçar e, com o PT, isso não aconteceu. Sou contra a continuidade”, afirmou Teresa.
Mais recentemente, Britto concedeu uma declaração mais ponderada ao GP1. Na ocasião, ela avaliou que é importante tentar fazer com que todas as siglas se fortaleçam nessa aliança.
“A responsabilidade é maior. Nesse momento, o principal é organizar a federação nos municípios menores, com o objetivo de fortalecer os partidos. Se conseguirmos isso, será ótimo. Caso contrário, o fim da federação é algo a ser considerado”, avaliou Teresa Britto.
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