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Saúde

Pompeo diz ter provas de que coronavírus surgiu em laboratório na China

Mike Pompeo se negou a responder se acredita que o vírus foi liberado intencionalmente, mas afirma que marco zero foi laboratório em Wuhan.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou neste domingo, 3, que há uma "enorme quantidade de provas" de que a pandemia do novo coronavírus foi originada em um laboratório de Wuhan, na China, onde começou a propagação da doença.

Em entrevista à rede ABC, Pompeo se negou a dizer se acredita que o vírus foi liberado intencionalmente.

O presidente Donald Trump criticou diversas vezes o papel da China na pandemia, que já infectou quase 3,5 milhões de pessoas pelo mundo e matou mais de 240 mil. Segundo Trump, Pequim ocultou informações importantes sobre o início da disseminação da doença e, por isso, exigiu que a China seja responsabilizada.

Veículos de imprensa americanos dizem que Trump encarregou espiões de investigar mais sobre a origem do vírus. As primeiras versões oficiais diziam que o vírus surgiu em um mercado de Wuhan que vende animais exóticos, como morcegos, mas Washington diz agora que a epidemia começou em um laboratório chinês de investigações de vírus, próximo ao local.

Pompeo, ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), disse que estava de acordo com a declaração feita pela Inteligência americana na quinta-feira de que "concordar com o amplo consenso científico de que o vírus covid-19 não foi criado pelo homem nem modificado geneticamente".

Mas o secretário de Estado foi além de Trump ao citar "uma enorme evidência" de que o vírus se espalhou a partir do laboratório de Wuhan. "Acho que todo mundo pode ver isso agora. Lembrem, a China tem um histórico de infectar o mundo e administrar laboratórios de baixa qualidade".

O chefe da diplomacia americana afirmou ainda que Pequim tentou minimizar o caso coronavírus "com um clássico esforço de desinformação comunista, o gerou um enorme risco".

"O presidente Trump é muito claro: faremos os responsáveis pagar", afirmou Pompeo ao finalizar a entrevista.

Eleição

O combate ao coronavírus se tornou um tema central da campanha americana pela presidência e governos. A proximidade com Trump, um trunfo até o início da pandemia para candidatos republicanos, pode, desta vez, se mostrar um desafio para os que fizerem campanha em locais muito afetados pela covid-19.

Um memorando de estratégia foi elaborado por um marqueteiro e encaminhado aos candidatos republicanos ao Senado com orientações sobre como tratar a crise. O documento, obtido pelo site Politico, orienta os candidatos a culpar a China pela pandemia, a fazer relações entre os democratas e o governo chinês e evitar entrar em discussões sobre a forma como Trump lida com a crise.

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