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Saúde

EUA têm primeiro registro de morte pela variante Ômicron

Segundo as autoridades de saúde do Texas, a vítima de covid-19 seria um homem com cerca de 50 anos.

O Estado americano do Texas anunciou na noite desta segunda-feira, 20, o registro da primeira morte nos Estados Unidos atribuída à variante Ômicron do coronavírus, segundo a rede americana ABC News. Pouco antes, as autoridades de saúde locais haviam informado que a variante já é a responsável por 73% dos casos apenas três semanas após ter sido descoberta no país.

Segundo as autoridades de saúde do Texas, a vítima de covid-19 seria um homem com cerca de 50 anos do Condado de Harris que não tinha se vacinado. O sistema de hospitais de Houston, nesse Estado, relatou que a Ômicron é responsável por 82% de novos casos sintomáticos de covid-19 que estão sendo tratados, em um aumento dramático com relação à sexta-feira, quando esse número era de 45%.

Descoberta no sul da África no mês passado, a Ômicron foi responsável por 73% dos novos casos de coronavírus nos Estados Unidos entre 12 e 18 de dezembro, de acordo com projeções feitas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), previsões que mostram a natureza altamente contagiosa da nova cepa.

A variante, que se espalhou por inúmeras nações, está proliferando em muitas áreas dos EUA. Extremamente transmissível, a Ômicron superou a variante Delta em poucas semanas e representa 96,3% dos novos casos em três Estados do noroeste do país (Oregon, Washington e Idaho), segundo o CDC.

A notícia chega na véspera de um discurso sobre a covid-19 do presidente dos EUA, Joe Biden, previsto para terça-feira. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, já disse que ele não planeja "trancar o país" em resposta a esse aumento.

"É um discurso para delinear e ser direto e claro com o povo americano sobre os benefícios de ser vacinado, as medidas que vamos tomar para aumentar o acesso e aumentar os testes", disse ela.

O principal assessor dos EUA para a pandemia, Anthony Fauci, alertou no domingo sobre a chegada de um inverno sombrio (no Hemisfério Norte) à medida que a nova variante do coronavírus estimula uma nova onda de infecções em todo o mundo. "Com a Ômicron, serão semanas ou meses difíceis conforme o inverno avança", disse Fauci.

Apesar das indicações de que a Ômicron não é mais grave do que a variante Delta, os dados iniciais sugerem que ela pode ser mais infecciosa e possivelmente mais resistente às vacinas.

Desde que foi relatada pela primeira vez na África do Sul em novembro, a Ômicron foi identificada em dezenas de países, abatendo as esperanças de que o pior da pandemia já passou.

Nos EUA, hospitais estão ficando lotados, centros de testagem estão acumulando longas filas e eventos esportivos e culturais estão sendo cancelados. Manter o vírus sob controle tem se mostrado difícil em um país onde a vacinação e o uso de máscaras se tornaram questões políticas polêmicas e as ordens federais acabam em demoradas batalhas legais.

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