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Saúde

Casos de dengue no Brasil crescem 37% nos primeiros meses do ano

Segundo o Ministério da Saúde, foram contabilizados quase 245 mil casos a mais em relação ao ano passado.

Na última quarta-feira (4) foram apresentados pelo Ministério da Saúde, no lançamento da Campanha Nacional de Combate à dengue, zika e chikungunya, os números de casos das doenças em comparação ao ano passado.

O Brasil contabilizou até o fim de abril deste ano, 899,5 mil novos casos de dengue, o que representa um aumento de 37% em relação ao mesmo período de 2021 que teve 654,8 mil casos.

O lançamento da campanha visa a divulgação do Painel de Monitoramento de Arboviroses para que a população possa consultar o número de casos de cada uma das doenças, os sintomas e as formas de prevenção. Uma peça audiovisual também será veiculada na mídia.

"A ideia da campanha de comunicação é avisar que, quanto mais rápido você identificar esses sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido a gente vai ter o diagnóstico e um desfecho melhor para esse caso", enfatizou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Jurandi Frutuoso, secretário-executivo do Conas (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), também chamou atenção para o fato de o Aedes Aegypti ser um mosquito cada vez mais adaptado aos centros urbanos.

"Antes, era Norte e Nordeste por conta da miséria, dos depósitos, da baixa capacidade de enfrentamento, aí você vê que ela migra para o Sul e para o Sudeste. O mosquito é inteligente, ele se adapta, então temos que correr mais do que ele. De repente, temos agora um problemaço no Paraná, em Santa Catarina, no Sul do país. Isso era maior no Nordeste", disse o secretário-executivo.

Medidas

O Ministério da Saúde havia lançado em março o COE (Centro de Operações de Emergências) Arboviroses, para definir estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos. A pasta vai apostar em duas tecnologias que envolvem o próprio mosquito Aedes aegypti para tentar reduzir a incidência de dengue, chikungunya e zika.

Um acordo firmado entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a WMP (World Mosquito Program) prevê a construção de uma biofábrica com capacidade para produzir até 100 mil mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia por semana. O cronograma prevê que a biofábrica entre em operação no ano que vem. O investimento será de R$ 100 milhões.

Com colaboração de Mateus Rocha para o GP1

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