A Justiça decretou a prisão preventiva de 11 alvos da Operação Rivus Malum, deflagrada em 18 de fevereiro de 2025, pelo Departamento de Roubos e Furto a Veículos (DRFV), que investiga uma organização criminosa dedicada a crimes como roubos, furtos, adulteração e receptação de veículos em Teresina. A decisão foi assinada pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Valdemir Ferreira Santos, no último dia 11 de abril.
Conforme a Polícia Civil, os investigados, identificados como Lindomar Bertulino Torres, mais conhecido como “Paraíba”; Kleiton de Sousa Ramos, mais conhecido como “Kleitin”, Rafael Ferreira Fidalgo, mais conhecido como “Barba”, José Garcia Rodrigues, mais conhecido como “Timon”; Jose Luiz Roseno Pereira Júnior, Francisco Alysson Matos Morais, identificado como “Maconheiro”, Mateus Joiro de Sousa Caldas, identificado como “Mc Do Chifre”, José Roberto Pereira da Silva, mais conhecido como “Cuca”, Fernando Ramos da Silva, identificado como “Neguin2”, Luiz Fabiano Craveiro da Silva e Carlos Henrique Correia Maciel, identificado como “Henrique Boi” agiam de forma organizada em um esquema que envolvia desde o roubo, adulteração à receptação de veículos em Teresina, cada um com seu papel definido.

Como atuava a organização criminosa
O relatório de extração de dados dos aparelhos apreendidos durante a fase ostensiva da Operação Rivus Malum revelou com atuava cada membro da organização, com a finalidade de promover roubos de veículos e comércio ilegal de armas. O principal alvo, apontado pela Polícia Civil, trata-se de Lindomar.
Lindomar Bertulino Torres ("Paraíba")
Líder do esquema criminoso, responsável por vender veículos roubados, adulterar sinais identificadores e falsificar documentos. Conversas mostram que negociava motos roubadas, combinava adulteração de placas e documentos e comprava armas de fogo.
Kleiton de Sousa Ramos ("Kleitin")
Atuava na revenda de motos roubadas e adulteradas. Uma conversa indica que recebeu uma moto adulterada de Paraíba para revenda.
Rafael Ferreira Fidalgo ("Barba")
Negociava a compra de motos roubadas e armas. Conversas revelam que tentou comprar um veículo de Paraíba, mas precisava de dinheiro. Também foi encontrado com uma arma e uma placa de moto roubada em sua residência.
José Garcia Rodrigues ("Timon")
Fornecia veículos roubados para Paraíba e negociava valores. Conversas mostram que alertou a Paraíba sobre a presença da polícia.
José Luiz Roseno Pereira Júnior
Negociava armas e veículos roubados com Paraíba. Conversas indicam que ofereceu uma XRE roubada e combinou a retirada do rastreador do veículo.
Francisco Alysson Matos Morais ("Maconheiro")
Apontado como sendo a pessoa que vendia armas de fogo e veículos roubados. Conversas mostram que enviou fotos de pistolas vindas do Paraguai e ofereceu motos roubadas.
Mateus Joiro de Sousa Caldas ("MC do Chifre")
Fortes indícios de que é especializado na adulteração de veículos roubados. Conversas indicam que alterava chassi e documentos de motos roubadas.
José Roberto Pereira da Silva ("Cuca")
Participava da adulteração e venda de veículos roubados. Conversas revelam que discutia a importância de manter veículos com placas falsas para evitar suspeitas.
Fernando Ramos da Silva ("Neguim2")
Negociava veículos roubados e ajudava na ocultação. Conversas mostram preocupação em evitar o rastreamento da moto roubada. Com isso, os diálogos indicam um esquema estruturado de venda de veículos roubados, adulteração de sinais identificadores e comércio ilegal de armas.
Na decisão, o magistrado reconheceu a gravidade concreta do crime, ressaltando que há fortes indícios de que os representados formaram verdadeira “associação” destinada a lesar uma pluralidade de vítimas, havendo divisão clara de tarefas - os que atuavam nas linhas de frente” (responsáveis por roubar veículos), os responsáveis por adulterar os sinais identificadores dos veículos e os que se encarregavam de revendê-los -, o que evidencia uma maior reprovabilidade da conduta e maior gravidade, atentando contra a ordem e a paz sociais.
“Diante da complexa e permanente atividade da organização criminosa o perigo da liberdade dos agentes se mantém no momento atual, restou comprovada a necessidade concreta de decretação da prisão preventiva do suspeito para acautelar a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, nos termos do art. 312, do CPP”, diz trecho da decisão.
Rapidinhas
Polícia Civil faz buscas a ex-sócia de estelionatário alvo da Operação Lobo
Uma mulher identificada como Elis Miranda Sapucaia Costa, que reside no estado de São Paulo, está sendo procurada pela Polícia Civil do Piauí, por suspeita de envolvimento em um golpe que fez mais de 50 vítimas e alcançou cifras milionárias em vários estados do Brasil.
Segundo a investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no bojo da Operação Lobo, deflagrada nesta terça-feira (15), Elis Miranda integra um esquema formado por José Olavo Davi Lemos da Silva e sua ex-mulher, Débora Borges dos Santos, e juntos eles atuavam com falsas promessas de altos rendimentos por meio de supostos aportes em plataformas de investimento.

Para dar credibilidade ao golpe, Olavo, considerado líder do esquema, utilizava extratos bancários falsificados, participava ativamente de grupos de investidores e empregava linguagem técnica sofisticada.
José Olavo Davi Lemos da Silva e Débora Borges dos Santos acabaram sendo presos, mas Elis Miranda Sapucaia Costa é tida como foragida.
Acusado de aplicar golpe de sextorsão contra empresário de Teresina é solto
O líder do esquema de sextorsão, alvo da Operação Cativeiro Digital, deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), preso pela Polícia Civil do Maranhão nessa terça-feira (15), foi posto em liberdade após se apresentar na delegacia do município de Açailândia-MA.

Segundo a Polícia Civil, Gustavo Manoel Silva da Conceição reconheceu o crime e colaborou com as informações à Polícia Civil do Piauí.
Como atuava
Gustavo Manoel foi a pessoa responsável por criar os perfis falsos, os quais eram vinculados a imagens de mulheres conhecidas. Com isso, ele conseguia atrair homens para iniciar um relacionamento, sempre por meio cibernético, por onde passou a extorquir um empresário de Teresina, de iniciais S. F. de A. F.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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