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Colunista Feitosa Costa
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Sargento do Exército nega ter matado a esposa mas será julgado


O Tribunal Popular do Juri julgará ainda este ano o sargento reformado do Exercito Nilson José da Luz, de 38 anos, acusado de ter envenenado  e jogado no rio Parnaíba a própria mulher, Josélia do Nascimento Fontenele, de 31 anos, assistente de caixa do Hiper Bom Preço do Teresina Shoping, desaparecida de casa no dia 29 de março de 2009.No dia 2 de abril do mesmo ano o seu corpo foi encontrado boiando no lugar Mocambinho, município maranhense de Buriti de Inácia Vaz, Baixo Parnaíba.Em Teresina a família só soube que se tratava de Josélia porque, coincidentemente, um rapaz que se encontrava naquela cidade maranhense tirou fotos do corpo e as mostrou, no dia 3, em Teresina, para amigas.Uma delas conhecia a vítima.

No inicio deste mês o juiz da 1ª Vara Criminal, Antônio de Jesus Noleto, presidiu audiência de instrução em que algumas testemunhas ouvidas refoçaram a suspeita de que o sargento reformado tem envolvimento na morte.De acordo com levantamento feito pela delegada Bela Alexandra, da Delegacia da Mulher da zona Leste, Josélia teria sido envenenada pelo marido, transportada ja morta dentro de um automóvel gol com vidro fumê até o ponto em que foi jogada no rio, provavelmente a altura do conjunto Sacy.

Há suspeitas de que o sargento contou com a ajuda de um amigo mas até agora isto não foi provado.A família de Josélia diz não ter dúvidas de que Nilson José da Luz é o autor do crime porque há algum tempo a moça havia revelado suspeitar de que o marido colocara veneno no seu café, no que foi aconselhada pela irmã Clara, que é professora, a não comer nem beber qualquer coisa que lhe fosse servida por Nilson.

Negativa de autoria

Promovida pelo criminalista Nazareno Eimar Thé, a defesa de Nilson deve sustentar perante o Tribunal do Juri a tese de negativa de autoria, alegando que não existe provas contra o sargento reformado.De acordo com Nazareno há apenas suspeitas da família, ninguém viu o sargento colocando veneno na comida ou bebida da esposa, muito menos transportando-a dentro do seu carro.

Nas suas declarações o acusado afirma não saber o que aconteceu com a esposa afirmando que ela saiu de casa para trabalhar no dia em que desapareceu.A ausência de Josélia só foi notada pela família quando membros de sua família procuraram por ela no final da tarde do dia 29 de março de 2009 e foram informados por algumascolegas de trabalho de que naquele dia ela não comparecera ao serviço.

Os dois filhos do casal, um garoto de 8 anos e uma menina de 11, estão morando com o pai na mesma casa em que também Josélia viveu, no residencial Planalto Uruguai, com pouco contato com a família da mãe.A garota foi ouvida na audiência presidida por Noleto Antônio Noleto no forum em que funciona o Juri, na Coelho de Resende, centro-norte mas não fez qualquer revelação que possa ser interpretada como negativa ao comportamento do pai.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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