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Colunista Feitosa Costa
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Pistoleiros disparam quatro tiros contra candidato a prefeito de Caxias


O atentado à bala ao vereador Helton Mesquita (PSC), candidato a prefeito de Caxias-MA (distante 70 quilômetros de Teresina), na última quarta-feira, dia 2, no centro daquela cidade, e a execução do jornalista Décio Sá, dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, localizado na avenida Litorânea, em São Luis, levaram a deputada Cleide Coutinho (PSB), mulher do prefeito da vizinha cidade, Humberto Coutinho, a anunciar da tribuna da Assembléia Legislativa do Maranhão, a sua decisão de assinar a CPI da Pistolagem que vai investigar os crimes de encomenda em todo o Estado.

Quatro tiros foram disparados por dois pistoleiros contra o vereador que estava com a mulher e um filho. Ele escapou por pouco.

Com a deputada, que na sua primeira disputa, em 2006, foi a mais votada do Maranhão com pouco mais de 70 mil votos, são 14 os parlamentares estaduais que assinaram a CPI da Pistolagem, proposta semana passada pelo deputado Bira do Pindaré (PT), oriundo das lutas de trabalhadores rurais nas conflagradas terras interioranas do Estado.

Reino da pistolagem

Durante seu pronunciamento da tribuna da Assembléia maranhense, a deputada Cleide Coutinho, que frequentemente passa por Teresina juntamente com o marido, disse que sob o governo de Roseana Sarney a pistolagem se reencontrou ampliando suas ações sem enfrentar um combate eficiente porque as estruturas da segurança pública do Estado estão completamente defasadas.

Para a deputada Cleide Coutinho, aliada do presidente da Embratur, Flávio Dino, hoje o principal adversário da família Sarney, e tido como a esperança do povo maranhense, o exercício da política no Estado do Maranhão é uma atividade de alto risco pois a pistolagem ressurgiu com toda força a serviço dos que querem dominar o Estado por esses métodos.

Bons tempos

Há cerca de 12 anos as forças de segurança do Maranhão conseguiram desmantelar os importantes grupos de pistoleiros do Estado, baseados principalmente no município de Imperatriz mas com ramificações na Baixada, na capital São Luis, e até em Timon, vizinha a Teresina, onde a atividade foi identificada em função de algumas execuções.

Banidos ou mortos pelo implacável combate da Polícia determinado pelo então governador João Alberto (hoje secretário de planejamento de Roseana) os pistoleiros deixaram de frequentar com tanta assiduidade o noticiário policial da imprensa maranhene por alguns anos.De repente a atividade volta com força e os números justificam sim a abertura de uma CPI.

A governadora Roseana Sarney não quer a CPI por vários motivos, segundo se especula em São Luis. Um deles, o mais simples, é a exposição a que será submetido o seu governo, quando ficará fácil descobrir se houve ou não investimento em segurança pública durante tão longo domínio do clã Sarney.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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