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Colunista Feitosa Costa
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Homem executado em Teresina vendeu um milhão de merenda para prefeitura e não entregou


A Polícia descobriu nas últimas horas que Fábio dos Santos Brasil Filho, o Fábio Brasil, 33 anos, morto a tiros dentro de um carro em frente a uma loja de som na avenida Miguel Rosa, no dia 31 de março deste ano, estava envolvido num esquema que fraudava desde licitações em prefeituras municipais até atividades de hackers que faziam transferências ilegais de contas bancárias no Piauí.

A informação foi dada a este repórter por um promotor que acompanha a investigação desde o inicio, acrescentando: "os dois homens que mataram Fábio Brasil vieram de São Luis e ficaram durante quatro dias hospedados num luxuoso hotel de Teresina até encontrar o momento certo para executar o crime".

O assassinato de Fábio Brasil foi cometido, segundo a investigação, por dois homens no inicio da manhã do dia 31 de março. Um deles ficou ao volante de um Golf na esquina de uma rua que corta a Miguel Rosa enquanto o outro desceu calmamente, aproximou-se da Saveiro em que estava a vítima e disparou à queima roupa. O assassino fugiu tranquilamente, entrando no carro que o aguardava e desaparecendo na zona sul de Teresina, alcançando muito provavelmente a chamada "ponte nova" até chegar em Timon e seguir para São Luis.
Imagem: ReproduçãoFábio Brasil(Imagem:Reprodução)Fábio Brasil

Encomenda

A Polícia de Teresina não tem mais dúvidas de que foi um crime de encomenda. Fábio Brasil havia aplicado um golpe numa prefeitura do interior do Piauí numa falsa transação de venda de merenda escolar que envolveu um milhão de reais. Consta que havia um esquema para ele repassar um percentual para alguém dessa prefeitura, só que o seu grupo teria ficado com todo o dinheiro sem entregar um único pacote de merenda.

Os policiais que trabalham no caso, depois de tomarem conhecimento da identidade de dois homens que estão presos em São Luis acusados de participarem do esquema que planejou e executou a morte do jornalista Décio Sá, na avenida Litorânea, em São Luis, no dia 23 de abril deste ano, passaram a suspeitar que os executores de Brasil pertencem ao mesmo grupo que matou o repórter e blogueiro.

Hacker

A Polícia descobriu ainda que Fábio Brasil vivia sob uma fachada de corretor de carros escondendo as suas verdadeiras atividades que eram agiotagem, venda fraudulenta de merenda escolar e atividade de hacker.

A morte de Brasil teria sido por um desses três motivos, segundo o mesmo promotor. Pelo que se depreende das informações prestadas, a Polícia do Piauí está prestes a descobrir um grande esquema de corrupção envolvendo merenda escolar no Piauí e no Maranhão.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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