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Colunista Feitosa Costa
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Nova safra de políticos só quer apoiar governos e não contesta


"Governo é governo", costumam dizer os políticos mais tradicionais e afeitos à "proteção" e as benesses do executivo, estadual e federal. Nos tempos atuais a história de resistência e contestação que fez parlamentares piauienses se destacarem até mesmo nos duros tempos do regime ditatorial militar, abre espaços para um novo modelo de políticos, considerados pelos analistas gentis como "habilidosos e estrategistas", outros nomes que encontraram para definir os espertos e sabidos que de quatro em quatro anos conquistam mandatos e depois da posse dão um "jeito" para se aninhar no Governo.

A história da política piauiense registra a atuação de bravos representantes do povo que se insurgiram contra regimes reacionários, contestando-os com coragem e determinação, mesmo que isto significasse sofrer perseguições e amargar campanhas difamatórias dignas da tirania geralmente exercida pelos esquemas intolerantes. São tantos esses homens que assinalaram para sempre seu nome na história como exemplo que deve ser seguido, que não nomino alguns para não cometer injustiças com outros cuja lembrança não me vem neste momento.

Políticos com mandatos ou sem mandatos que eram submetidos a constrangimentos, mas mesmo assim seguiam firmes, defendendo a volta da democracia e medidas mais populares dos entronados de então. Hoje, no lugar deles, surgem figuras que se auto definem "inteligentes" porque conseguem permanecer no poder por muito tempo. São figuras que sempre disseram amém, nunca se opuseram a absolutamente nada e delas com certeza a história jamais falará.

Infelizmente a escassez de políticos determinados e corajosos se dá a nível nacional. Poucos têm coragem de enfrentar, como Ulysses Guimarães enfrentou, os cães da polícia baiana na sua caminhada pela democracia. São raros, raríssimos, os jovens que constroem, como vem construindo Randolfe Rodrigues, o senador do PSOL, uma história baseada na ética e na falta de enriquecer através da política.

Tempos se foram em que a maioria dos jovens ingressava na política porque viam na atividade um meio de transformar para melhor a sociedade brasileira. Em lugar destes surgiram marrecos aproveitadores e sem qualquer conteúdo que só pensam em ficar ricos, desejo que já adquirem dentro de casa.

Em lugar de seguirem o exemplo do jovem senador amapaense, preferem utilizar a atividade política para aumentar as fortunas que já trazem de herança conquistadas pelos favores de governos ou às custas da exploração dos mais pobres. Gabam-se da fortuna acumulada como se esta fosse resultado de trabalho digno.

À população alijada do processo, resta cada vez mais adquirir consciência para identificar esses jovens velhos "talentos" da política que de quando em vez aparecem com discurso farsante, mas que não resistem a uma pequena análise mais atenta que certamente os definirá, na realidade, como rebentos vocacionados para as negociatas e a exploração, utilizando para isto todo tipo de recursos, até mesmo os serviços de profissionais do crime.

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