Fechar
Colunista Feitosa Costa
GP1

Juiz Jorge da Costa Veloso é acusado de querer tomar posse de terra que não lhe pertence


Dirigentes da Associação de Moradores do Vale da Aroeira acusaram ontem, quarta-feira, o juiz de direito Jorge da Costa Veloso, de usar a sua influência para conseguir "mandados de reintegração de posse" e se tornar dono de terras que originariamente pertenceriam à União, sem a documentação legal, e ocupadas por posseiros há mais de uma década.

O Vale da Aroeira fica na região da Cacimba Velha e os autores da denúncia mostram cópias de dois mandados de reintegração de posse, um assinado pelo juiz Pedro Alcântara da Silva Macedo, e o outro por João Henrique Sousa Gomes, os dois do Juizado Especial da Piçarreira.
Atualmente, Pedro Alcântara Macêdo, é desembargador do Tribunal de Justiça.
Imagem: ReproduçãoJuiz Jorge da Costa Veloso(Imagem:Reprodução)Juiz Jorge da Costa Veloso
De acordo com o vice-presidente da Associação, Marco Antônio Rocha, a terra só não passou para o juiz Jorge da Costa Veloso porque na hora do cumprimento dos mandados os oficiais de justiça e policiais constataram que os documentos do juiz não correspondem à terra que a Associação explora "e as coordenadas não bateram".

Os dirigentes da Associação revelam saber que o magistrado tem a posse de terras na região, mas jamais na localidade que ele deseja tomar posse. Eles também estranham o fato de os mandados de reintegração de posse terem sido assinados por juízes de um juizado especial.
Os posseiros afirmam que a área da qual acusam o juiz de querer tomar posse sem a documentação correspondente é de 20 hectares e nela moram famílias há mais de l4 anos, "como é do inteiro conhecimento da população de toda a região".

Outro lado

O juiz Jorge da Costa Veloso não foi encontrado pelo Portal GP1 para comentar a denúncia.

EXCLUSIVAS

Herança maldita
Descobriu-se que a administração passada deixou uma herança que vem sendo amaldiçoada por assessores mais graduados do prefeito Firmino Filho: uma autorização da então secretária Janaina Marques para que a empresa Sustentare, de Coleta de Lixo, subcontratasse os serviços para outra empresa, a Sterlix, na parte de coleta de lixo hospitalar.

Base do cancelamento
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Teresina cancelou o contrato de coleta de lixo hospitalar com a tal Sustentare com base num parecer do procurador do município, Charles Max, que teria sustentado que a Prefeitura de Teresina não tinha conhecimento de que o serviço havia sido subcontratado, o que, segundo um especialista no assunto, é uma argumentação consistente.

Documento
Ocorre que depois de posições em defesa do rompimento do contratado por vereadores de Teresina, a tal Sustentare anunciou que tem em seu poder documentos que provariam ter a Prefeitura de Teresina, através da Secretária Janaina Marques, que foi trazida de Luzilândia na época para ocupar uma função para a qual aparentemente não estava preparada, autorizado a subcontratação. Na opinião do mesmo especialista, se de fato houver a tal autorização da dama de Luzilândia, ficaria difícil o rompimento do contrato.

Grande Eletrobrás

A Justiça decidiu reduzir de cinco para três salários mínimo a pensão para os dois filhos de Ana Carolina, a menina-mãe que morreu queimada no inicio da noite do dia 11 de outubro, na avenida Kennedy, depois de pegar num poste eletrificado da Eletrobrás

Quanto vale
Uma vida não tem preço, mas as duas crianças que ficaram sem a mãe, moça pobre que se criou em terreno ocupado do bairro Planalto Ininga, merecem pelo menos ter uma vida com um padrão acima de três salários mínimos.

Culpa indiscutível
A culpa da Eletrobrás na morte de Ana Carolina é indiscutível. A perícia constatou que houve um defeito na linha elétrica que energizou o poste. A jovem mãe passava com um dos filhos pela calçada da antiga associação recreativa dos funcionários do Banco do Estado quando pegou no poste. A descarga foi tão grande que ela começou a pegar fogo. O impacto salvou a criança que levava nos braços.

É triste
É muito triste saber que uma empresa como a Eletrobrás, responsabilizada pela morte de uma pessoa que já tinha dois filhos e mal completara 20 anos, pagando provisoriamente irrisórios cinco salários mínimos para os dois órfãos ainda entra na justiça para extinguir ou diminuir essa "fortuna". Mais triste ainda é saber que a Justiça diminuiu essa pensão.

Clamor

Depois de receberem a informação de que passariam a receber apenas três salários mínimos e não mais cinco para criar os dois filhos menores, o viúvo de Ana Carolina e os pais dela, Raimunda e Antônio, lamentaram muito. Revoltados, vizinhos disseram que “os poderosos conseguem tudo".

Mal na fita

A imagem da Eletrobrás em Teresina é a pior possível. E vai ficar pior depois da diminuição da pensão de cinco para três salários dos dois filhos pequeninos que ela deixou e que vivem na casa de seus avôs.

Bem pouquinho

Usuário da OI bem articulado e competente está fazendo um detalhado levantamento sobre os valores das penas sofridas pela operadora nas centenas de indenizações solicitadas pelos prejudicados. Segundo ele foi detectado um padrão nivelado muito por baixo das indenizações.

Máfia da Grilagem
Está no Conselho Nacional de Justiça toda a investigação sobre a grilagem de terras no sul do Piauí. O caso é escabroso e revela como se monta uma verdadeira máfia com a interligação de vários setores. Tem propina até de 10 milhões. O relatório é de deixar arrepiados os mais espertos malfeitores do Brasil.

Articulação
Dois advogados, um juiz, um médico, dois engenheiros e um parlamentar se reúnem desde o inicio da semana passada para articular a divulgação, a nível nacional, das ações da Máfia da Grilagem no sul do Piauí.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.