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Colunista Feitosa Costa
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Ex-integrante de gangue diz que ódio mata mais na periferia do que disputa por drogas


O ódio gerado entre adolescentes estimulado por conflitos do passado nas áreas consideradas conflagradas da periferia de Teresina "está matando mais do que os acertos por questões de drogas", segundo revelação de um rapaz que conseguiu sair do meio de uma gangue após decidir levar uma vida normal.

De acordo com suas revelações, feitas na tarde de ontem a este repórter, a matança não é motivada apenas por disputa de pontos de drogas, de partilhas ou por falta do cumprimento de ordens dos chefes de quadrilhas. "Os meninos estão se matando, principalmente nas vilas da zona sul porque vivem um clima de vingança sem fim em função de mortes acontecidas no passado".

O rapaz, que pediu para não ser identificado nem por iniciais, revela que tudo começa com enfrentamentos entre grupos de jovens, que se desentendem por diversos motivos, por uma garota numa festa, pela ocupação de um campo de futebol em horários conflituosos, brigam e depois juram vingança.

"Perdi muitos amigos de infância. Há 10 anos, na zona sul, um grupo não deixou que jogássemos futebol às 10 horas da manhã, queriam ficar no campo até meio dia e depois o nosso time, de um bairro vizinho, entraria. Houve discussão e depois uma briga feia entre todos. Um dos nossos saiu com o rosto moído. O irmão dele voltou lá de noite e matou o autor do espancamento. A turma do morto jurou vingança e até hoje os corpos vem se multiplicando, a vingança passou para um primo, depois para uma irmã e continuou com os amigos mais próximos. É ódio muito, não é somente droga".


EXCLUSIVAS


Café de ouro


É simplesmente absurdo o preço do café expresso na lanchonete do andar terreo do aeroporto de Teresina. Ninguém toma providências. Cobra-se mais de 4 reais por uma minúscula xícara de café.

Infraero engole praça

A praça do aeroporto de Teresina, espaço utilizado para encontros e caminhadas dos moradores do bairro de mesmo nome e adjacentes, não existe mais. Foi cedida a uma empresa particular para fazer estacionamento.

Na contramão

Em Teresina esses absurdos acontecem sem que as autoridades reajam em defesa da população. Onde já se se viu, tirar o direito da população de utilizar um espaço tradicional de descanso e lazer?

Argumentos inconsistentes

A Infraero argumenta que o terreno não petence ao municipio e sim à União. Com esse injustificável argumento quer dar uma aura de legalidade ao absurdo.

O municipio, o Estado e principalmente a União, devem voltar suas ações para o beneficio da população, nunca de empresas privadas.

Sem protestos

A superintendência da Infraero tem muita sorte. A população ao redor do aeroporto é pacata e não faz protestos, pedindo de volta a sua praça.

Talvez resolva mudar de idéia e levar para a frente da casa de passageiros cartazes denunciando o fato, mostrando que não aceita ser humilhada dessa forma.

Desliga o ar

Nos intervalos entre os pousos ou decolagens, a Infraero desliga os ar-condicionados da casa de passageiros e dos boxes comerciais.

Um total desrespeito aos passageiros que antecipam a chegada ao local e aos comerciantes que pagam preços absurdos de locação.

Delegados em conflito

Imagem: ReproduçãoJames Guerra e Andrea Magalhaes(Imagem:Reprodução)James Guerra e Andrea Magalhaes
Existe uma verdadeira guerra nos bastidores entre delegados de Polícia que seguem rigorosamente a orientação do delegado-geral James Guerra (maioria) e os amigos de Andrea Magalhães, presidente do sindicato da categoria, que são em minoria, mas muito ativos nos comentários contra o chefe da Policia Civil.

Já era travesso

Militante de esquerda nos tempos de Universidade Federal, professor universitário conhecido por sua humildade, lembrou ontem pela manhã, para este repórter, uma passagem com um colega de então que fazia parte do Diretório Central dos Estudantes e hoje se transformou num dos maiores operadores do Brasil.

O professor, que também foi militante do diretório, lembrou que certa vez a diretoria do Centro foi para um final de semana em Luis Correia. Todos estavam muito alegres e "com o dinheiro contadinho". De repente o professor decidiu tomar um banho. Olhou ao redor e viu o amigo e pediu para que ele ficasse com sua carteira, que tinha cerca de 150 reais em dinheiro de hoje.

Quando o professor voltou, o amigo, da área de direito, havia gastado mais da metade do seu dinheiro, sem qualquer autorização.

Hoje o professor leva uma vida modesta e o amigo que gastou o dinheiro, dizem, conseguiu juntar com seus "lobies" cerca de um bilhão de reais.

Shopping carimbado

A direção do shopping Rio Poty bem que poderia ter feito algo mais inteligente para tirar o carimbo de construção que caiu. Importante teria sido deixar a imprensa ter acesso às instalações depois do desabamento, para mostrar a segurança da reconstrução.

Falta um parecer

A direção do Shopping nunca se preocupou em mandar engenheiros competentes explicarem o motivo do desabamento e o que seria feito na reconstrução, deixar os interessados sem qualquer receio de que a construção venha a ruir outra vez.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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