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Prefeito Firmino Filho vai contratar empresa sem licitação para coleta do lixo hospitalar da Capital


Uma “contratação emergencial”, como define os termos da Portaria, vai ser feita sem licitação pela Prefeitura de Teresina, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH), conforme portaria 03/2013 publicada no Diário Oficial do Município do dia 15 de maio de 2013.

A “contratação emergencial” é procedimento considerado atípico. A Prefeitura justifica a dispensa de licitação por urgência depois que rompeu o contrato de coleta e tratamento de lixo hospitalar mantido com a empresa Sustentare. A PMT afirma ter constatado irregularidades em relação à prestação dos serviços.

A Prefeitura, através da SEMDUH, e baseando-se em parecer do Procurador Geral do Município, Charles Marx, discordou da terceirização dos serviços pela Sterlix Ambiental, subcontratada da Sustentare, alegando que não havia consentimento prévio do Município o que estaria ferindo o contrato administrativo assinado em 2010.

Em nota encaminhada a este Portal a  Sustentare afirma “que o procedimento foi autorizado pelo Ofício nº 421/2012-GAB-SDU-SUL em 23 de abril de 2012 e assinado pela então superintendente de Desenvolvimento Urbano (SDU-Sul), Janaina Pinto Marques, e pelo coordenador da Limpeza Pública, José Antônio Machado Lopes Sobral.
Imagem: Francyelle Elias/ GP1Prefeito Firmino Filho(Imagem:Francyelle Elias/ GP1)Prefeito Firmino Filho
"A  prática de subcontratação é prevista em lei e ocorre em todo o país e que em 90% das capitais brasileiras há adoção desse mecanismo para a contratação de empresas especializadas nesses serviços”, diz a nota oficial da empresa.

Segundo a Prefeitura, existiram outras irregularidades quanto ao preço ajustado contratualmente pela Sustentare, considerando-os acima dos praticados no mercado local a época da coleta de preços, se analisados os valores em outras cidades do País. Os valores para cada tonelada de recolhimento de lixo poderiam ser encontrados R$. 1.096,26 abaixo do valor contratual. Nesse sentido, a Prefeitura diz ter tido grandes prejuízos.

O valor é definido pela própria prefeitura, através de um valor base. Na mesma nota, a Sustentare esclarece que o valor proposto pela PMT em Edital 006/2009, referente a abril de 2009, para a contratação dos serviços de coleta e tratamento dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) foi de R$ 2.795,01, e que a Sustentare recebeu em 2013 R$ 2.486,26, um valor inferior ao limite  delimitado na seleção pública.

O vereador Tiago Vasconcelos (PSB) saiu em defesa da tese de contratação sem licitação. Ele diz que pareceres da Procuradoria Pública do Município comprovam os fatos e que, nesse caso, concorda com a realização de contratação sem licitação no primeiro momento.

“A cidade, os hospitais não podem ficar sem a coleta de lixo, então, em um primeiro momento, é necessário que se faça essa contratação, contanto que mais adiante seja aberto edital de licitação para a contratação definitiva, como manda a Lei”, opina.

Para a contratação de uma nova empresa de coleta de lixo, a Prefeitura montou uma comissão para analisar o caso.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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